Antonio Roberto Marteli começou a trabalhar em 1969, na Farmácia Drogalar. Lavava seringas e repunha estoques. Sentiu as dificuldades, menos a de ser útil ao semelhante. Pouco tempo depois foi promovido a balconista. Hoje, é conhecido como Toninho da farmácia. Um carimbo de bons serviços e muita sensibilidade. Sempre pronto a atender a quem precisa de seus préstimos. Claro, também enfrenta as barreiras da economia (que são muitas), com o caráter mundial.
JA- Quais as vantagens deste ramo?
Toninho Já existiram as vantagens. Agora ou empatamos ou perdemos. Hoje o comércio para quem vai começar é uma ilusão. Cuidado, não arrisque muito.
Sua relação com os clientes.
É ótima, pois em todo atendimento ofereço meus conhecimentos com muito amor, carinho e dedicação. Somos quase uma família, às vezes, mais.
Atrás de um balcão e grande amigo?
Sim, principalmente meus clientes que dão liberdade para entrar em seu lar a qualquer hora. Mesmo sendo fora do expediente chamam-me para visitas, churrascos, aniversários…
No seu bairro, é o Toninho da Farmácia?
Tempos atrás, achei que fosse. Um dia, uma pessoa bem próxima, uma grande amiga me disse: você não é o Toninho da Farmácia e sim o Toninho Drogafonte.
Como está a aceitação do genérico?
As grandes empresas multinacionais sempre cobraram muito além do valor real e ainda cobram. Agora casaram-se o genérico e a má distribuição financeira.
E os remédios caseiros?
Os caseiros chamamos de Fitoterapia. Necessitam paciência e segurança.
Por que os remédios mudam tanto?
Pela evolução da Medicina e pela concorrência.
Aspirina ou Melhoral?
A concorrência entre os dois é a mesma entre as diferentes marcas de cerveja, refrigerante e qualquer outro produto.
Mudando de estação: seu irmão, Paulo Marteli, ganha fama?
É, ele é mesmo um músico famoso e isso faz juz ao seu esforço e sua perseverança. Estuda de 6 a 10 horas por dia. Não é fácil sair de Araraquara e ser reconhecido internacionalmente. Todo elogio e crítica do profissional é apenas dele. Paulo só está tendo elogios nacionais e internacionais: mérito dele.
Como passa seus momentos de lazer?
Minha vida é um lazer. Pode pensar que é demagogia. Amo minha profissão e trabalho com carinho, atenção e muita disposição. Só Deus mesmo para me dar tanta. O resto do tempo visito amigos, ouço música, futebol, livros, baralho, churrasco, pescaria, piscina. Amo e muito a minha vida e o mundo de um modo geral: Lua, Sol, Mar, Céu, Estrelas, Chuvas, Mato, Animais, Pessoas, Crianças, e quase tudo o que existe. Por isso sou feliz. Se encontro alguém feliz como eu, acredito, mas quero conhecê-la, pois certamente não é humana.
Qual a sua leitura predileta?
Leio tudo, até fofocas de jornal e revista, mas gosto mesmo das seguintes: Veja, Caras e Isto É. Quanto a livros, prefiro romances espíritas da Zélia Gaspareto. São os melhores para ficar em paz.
Os homens se encontram mais com Deus?
Estão, mas é uma coisa forçada, puro desespero, é uma fé passageira. Isto tudo por falta de dinheiro, despejo, desemprego, problemas familiares como sexo promíscuo, drogas, doenças. Não deveria ser assim. Não devemos ficar procurando um encontro com Deus e sim caminhar diariamente com Ele. O que aconteceu em Nova Iorque serve para mostrar que só existe um Onipotente, e esse é Deus.
O que mais aprende com as pessoas?
Aprendi a esquecer o ontem, viver o hoje e deixar o amanhã para Deus programar. Amar a tudo e a todos é o segredo.
Mensagem
Aprenda a amar tudo que Deus lhe deu. Não espere vê-lo fisicamente, pois Ele é tudo. Deus é como o vento: não precisamos vê-lo e sim sentí-lo.