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Uma mulher dedicada à Cultura

Virgínia Carolina Fratucci de Gobbi, formada em Ciências Sociais e especializada em Museulogia, é museóloga do Museu Histórico e Pedagógico “Voluntários da Pátria” há oito anos.

Realiza trabalho de extrema importância para a cidade, pois busca resgatar a memória e identidade de um povo, levando ao público objetos ricos em significado histórico.

Indicada por Sarah Coelho Silva, Virginia concedeu entrevista ao JA. Confira:

Como se envolveu com a área de Cultura?

Minha formação é em bacharel em Ciências Sociais e, durante o curso, na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, meu interesse principal foi concentrado na área de Antropologia. A partir daí, comecei a trabalhar com cultura material e direcionei minha vida acadêmica para esse lado.

Houve influência familiar?

Sinceramente, não. A decisão e a escolha foram unicamente minhas. O direcionamento para a área de Humanas foi despertado na época de ginásio. Eu tinha maior interesse por matérias como História, Geografia e, mais tarde, no colegial, fiquei interessada por Sociologia, Psicologia, Filosofia.

Há quanto coordena o Museu?

Há oito anos, e estou muito feliz, porque pude desenvolver projetos que me foram muito gratificantes.

Fale sobre o acervo do “Voluntários da Pátria”

O Museu possui cinco salas para exposição permanente e uma sala para eventos temporários. O acervo é bastante eclético, pois possuímos objetos pessoais, objetos de trabalho, muitas curiosidade, telefones, rádios, fotografias, alguns documentos, objetos indígenas, um pouco de minerais e muitos outros objetos.

Ele também é um espaço para reflexão?

Sim, é um espaço para a reflexão, um lugar onde podemos viajar no tempo e compreender um pouco sobre o processo de evolução do homem, através da cultura material por ele fabricada.

Como é elaborado o programa para visita de escolas?

Temos um projeto de visita monitorada, em que a escola interessada nos procura e agendamos um dia e um horário específicos. Quando os alunos chegam, em um grupo de, no máximo, 30, são recebidos por nossos funcionários, que darão explicações sobre o museu, a história do prédio e, em seguida, os acompanha pelas salas de exposição, esclarecendo dúvidas, respondendo perguntas e procurando tornar a visita o mais agradável possível. Essa dinâmica depende muito do interesse dos alunos e do professor. A visitação costuma durar aproximadamente 50 minutos.

E o processo para as doações?

Nós temos um política de doação onde observamos vários ítens, tais como: valor histórico do objeto, estado de conservação e relação com a história da cidade. Observamos, também, se já possuímos algum objeto igual ou semelhante. Mediante essa análise, o Museu tem total liberdade para aceitar ou não o objeto.

Há outros projetos?

O Museu desenvolve vários outros projetos. Um deles fala sobre as exposições itinerantes, que reúnem temas pesquisados e montados de forma didática para emprestarmos para escolas e centros de educação e cultura. Já emprestamos esse material para várias cidades, como São Vicente, Matão, Monte Alto e Taquaritinga. As pessoas interessadas podem nos procurar que teremos imenso prazer em recebê-los.

E o atendimento de grupo para visita mais detalhada?

Sim. Chamamos de Bastidores do Museu, onde a pessoa vai conhecer como é o trabalho em um museu, desde a limpeza, segurança, atendimento ao público e todo o cuidado com os objetos. É um projeto interessante porque sabemos que muitas pessoas que visitam o museu não sabem como as pessoas que ali trabalham estão envolvidas com os objetos expostos e o dia-a-dia do local. Um museu não tem nada de monótono.

Mulheres e mercado de trabalho.

Eu acredito que, hoje, a mulher tem que ser versátil. Ela é mãe, mulher, trabalha fora, administra os problemas domésticos e ainda tem tempo para cuidar do seu corpo e sua mente. Acho que essa garra é uma característica das mulheres dos tempos modernos.

O que mais contribuiu para esse grande sucesso?

Acredito que a mulher tem uma qualidade marcante que a persistência. Durante muito tempo a mulher foi marginalizada, menosprezada e conseguia superar isso. Por isso é uma batalhadora, uma vencedora.

Sua vida espiritual

Não sigo religião, mas acredito muito em Deus, num poder maior que nos criou. Acredito que devemos demonstrar gratidão para com tudo que é vivo, respeitar os seres humanos, a natureza. Gosto muito dos bichos e das plantas, pois eles me harmonizam. Gosto muito de meditar e sempre que tenho tempo dedico-me ao meu lado espiritual dessa forma.

Uma mensagem

Mais compreensão, humildade e respeito. O dia em que o Homem compreender que ele é a maior ameaça para ele mesmo, o mundo será outro.

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