O prefeito Edinho Silva inaugurou o Estádio Olivério Bazani Filho para atender a reivindicação de moradores do Jardim Roberto Selmi-Dei. Todos os setores daquele bairro ganham espaço para o lazer que, com o devido tempo, poderá ser agregado de pista para caminhada e equipamentos para exercício físico. Mas, o essencial é campo de futebol que Araraquara já teve um punhado e, em nome do desenvolvimento, foi perdendo… É o caso do campo do Paulista, do Santana, do Acco, da Atlética da Vila, do Cambuquira, do Mandiocal, do Palmeirinhas, do Guarani (13 de Maio), da Vila Popular, do Melhado, São José, DER (Carmo) enfim, em cada ponto da cidade havia um campo sem grama, apenas com as traves e a vontade da moçada aprender e mostrar que era ou podia ser boa de bola. Muita gente de extrema qualidade foi descoberta e serviu aos objetivos da Ferroviária ou da Ada. Sem canela de vidro ou lesco-lesco de centenas de profissionais que vieram vestir a honrada camiseta grená e permitiram que ela descesse à terrível B1, bem longe da elite do futebol de São Paulo. Até o vizinho Oeste, de Itápolis, manda poeira pra gente. Hoje, por causa da escassez de atletas prata-da-casa, a Ferroviária não é notícia na grande imprensa. Só quando se fala de sua história, da falência do futebol em termos conservadores …
Ainda bem que existe uma luz ao final do túnel e, dessa forma, ganha importância a preocupação do prefeito Edinho Silva em construir mais campos de futebol. O Bazanão é excelente, mas, se pode multiplicá-los sem muito luxo. Como antigamente onde existia lugar certo para o encontro da molecada, com apenas uma bola de capotão ou de meia que era subtraída respeitosamente da mãe.
Campo de futebol significa, também, um lugar para gastar a energia de jovens que, assim, não têm tempo para drogas lícitas ou ilícitas.
Por isso, o estádio do Jardim Selmi-Dei precisa ser aplaudido, de preferência, em pé.