Sarah Coelho Silva (*)
A mulher, “a titular”. De inocente, alheia ao que se passa ao seu redor de repente se torna desconfiada, atormentada, infeliz.
Ninguém entende a sua frieza, indiferença, está sempre na defensiva.
Descuida de suas responsabilidades, torna-se perturbada, inquieta.
A ansiedade começa fazer parte de sua rotina, deixa de valorizar
muitas coisas também importantes do seu lar, pois se torna uma
pessoa que anda por ai, sem sentir os seus passos, até parece voar.
É uma lástima, sempre está rezando a esperar que as coisas melhorem.
A mulher, “a outra” torna-se segura e com o tempo
Fica cada vez mais ambiciosa, pudera não tem compromisso com nada.
As coisas para ela caem do céu, um simples telefonema
E o dinheiro sagrado da família vai pra destino errado.
Mas esta situação, a vaidade e segurança “da outra” também é perigosa.
Sua vida pode acabar na banalidade, porque nunca ficará satisfeita.
De um caso divertido e emocionante pode mudar, pois, tudo que
É muito fácil termina fácil também. Mas, traz
Prejuízo, ninguém sai ganhando, todos perdem:
A dignidade, a paz e a tranqüilidade porque o tempo passa.
Para todos, cada pessoa tem o seu tempo para aprender a viver
E entender os seus direitos e deveres, e o que é dignidade.
Os filhos, as verdadeiras vítimas, nem sabem a verdade.
São poupados da realidade e acabam sendo prejudicados.
São as vítimas da violência calada, do tudo “ótimo” aparente.
A vítima dos valores aparentes, do faz-de-conta.
Valores desprezados, pelos pais desajustados…
Pais que tudo querem, deixam o egoísmo imperar.
Pais com distúrbios comportamentais, transmitem aos filhos
Uma vida falsa, com mentiras deturpando a realidade.
“Os homens”, pobres coitados, candidatos ao fracasso.
Suas histórias terminam iguais, às vezes morando de favor
Na casa de um parente qualquer, um genro ou uma nora mal-humorada.
E quem sabe, na casa da própria ex-esposa, tendo até que pedir licença
Para entrar na cozinha e abrir a geladeira.
Uma situação patética, de fazer dó.
Todos nós deitamos na cama que preparamos.
Enfim, a vida é assim! Uns homens são felizes
E naturalmente proporcionam paz aos entes queridos.
Outros querem tudo e não são felizes em lugar nenhum.
Acabam detonando tudo, e como um trator, amassam!
“A paz do coração só se mantém pelo desprezo de tudo quanto possa perturba-la”. (Rousseau)
(*) É escritora e colaboradora do JA.
