Tais Carneiro Giraldes Daltrini é uma mulher disposta a enfrentar os desafios, inclusive do outro lado do mundo.
Muito comunicativa, gosta de ler, viajar e conhecer outras culturas.
Indicada por Sarah Coelho Silva, ela é o destaque em Gente.
JA – Acha difícil encontrar consigo mesma?
TCGD – No meu modo de ver “encontrar consigo mesmo” significa, entre outras coisas, alcançar o equilíbrio que deve existir entre o corpo, a mente e o ambiente que nos cerca. Conseguir esse equilíbrio não é tão fácil assim, pois estamos sempre envolvidos com uma série de coisas que dificultam esse encontro.
JA – Acha que as pessoas, na maturidade, questionam muito a vida?
TCGD – Depende. Eu entendo que uma pessoa que esteja em paz consigo mesma vai questionar menos a vida do que aquela que ainda não se encontrou.
JA – Sente as mulheres mais independentes?
TCGD – Sim, a mulher conquistou e continua a conquitar espaço, o que a torna muito mais independente.
JA – Quais as consequências dessa conquista?
TCGD – Com essa independência, a mulher se sente mais segura para tomar decisões e interferir de maneira mais positiva nas mudanças sociais. Contudo essa independência implica também em uma redução do papel que, amtes, era reservado a ela.
JA – O que deu mais certo na orientação para a formação da geração passada?
TCGD – A presença dos pais, os valores que eles nos passaram e o legado de suas experiências.
JA – E hoje, como é educar e orientar os filhos adolescentes?
Infelizmente não existe uma receita, mas o amor e o diálogo, certamente, são ingredientes fundamentais para que essa orientação tenha sucesso.
JA – Para você, o que é liberdade com limites em relação aos filhos?
TCGD – Significa conceder liberdade e cobrar responsabilidade.
JA- Quais foram as dificuldades que encontraram quando moraram fora do Brasil?
TCGD – Eu e minha família moramos durante cinco anos em Hong Kong. A maior dificuldade, no início, foi a língüa, que muito comprometeu nossa comunicação. A escolha da escola para os filhos e a adaptação a novos costumes foi outro grande desafio.
JA – E quais as grandes vantagens?
TCGD – Como principais vantagens eu poderia citar o contato com novas culturas e valores, que muito contribuíram para a formação e educação dos nossos filhos. Até mesmo as dificuldades para acentuar nossa convivência familiar e tornar mais democrática as decisões em família.
JA- E seus filhos? O que mais absorveram?
TCGD – Percebemos que eles tiveram um aprendizado mais rápido e natural de uma nova língüa, adquiriram maior independência e responsabilidade nas suas ações e tiveram seus horizontes ampliados.
JA – Para você, vale à pena aceitar desafios?
TCGD – Sempre, pois a superação nos ajuda a crescer e nos torna mais fortes e mais seguros.
JA- O que mais aproveita em suas viagens?
TCGD – Procuro sempre conhecer previamente um pouco da cultura local. Gosto de visitar museus, monumentos históricos e pontos turísticos e, como ninguém é de ferro, reservo um tempo para as comprinhas.
JA – Gosta de ler? Qual o livro que mais lhe marcou?
TCGD – Sim. Um livro que me marcou muito foi Paula, de Isabel Allende, minha escritora favorita.
JA – E quanto às músicas? Tem preferências?
TCGD – Não posso dizer que tenho uma preferência musical. Acho que gosto de todas as músicas que de alguma forma me marcaram.
JA – Considera o rádio o melhor veículo de informação?
TCGD – Sem dúvida, pois entendo que é o meio de comunicação de maior penetração.
JA – Como se encontra com Deus?
TCGD – Eu me encontro com Deus nas minhas orações diárias e na certeza de que Ele está sempre presente.
JA – Mensagem
TCGD – “O amor é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana”. (Erich Fromm)