Os casais estão ficando práticos e realistas e o parceiro ideal se parece mais com um bom sócio do que com um príncipe.
Nos anos 50 e 60, a beleza e a inteligência despontavam como prioridades de cada um na escolha do parceiro. Nos anos 70, satisfação sexual e carinho, após séculos de repressão. No final do século passado, o comportamento privilegiou a durabilidade fundada na confiança, na fidelidade e na responsabilidade. Agora entram em cena as relações estáveis.
A explicação, acreditam muitos, está no fato da última década ter sido marcada pela explosão do “ficar”.
O terapeuta Sérgio Savian, autor do livro O Amor na Contramão, afirma que a sociedade está vivendo um nova etapa na evolução. O casamento, antes uma imposição da sociedade e uma necessidade – já que as mulheres precisavam de um provedor e os homens de alguém para cuidar da família -, acabou perdendo a importância. “Com o feminismo, as mulheres não precisam mais se preservar para o casamento e passaram a dar menor importância à figura do marido. Elas aceitaram o jogo introduzido pelos homens e popularizaram a prática do ficar”, declarou Savian em entrevista publicada na revista Isto É.
Segundo ele, hoje é mais fácil dar razão à sexualidade em relações de curta duração e todo tipo de separação ou divórcio é socialmente. “Os novos casamentos serão mais honestos. Continuarão unidos apenas os namorados que se amarem de verdade”, disse.