Luiz Carlos Amorim (*)
De novo novembro e esperamos que seja um novembro com sol, cores, esperança e uma realidade mais amena, mais humana, para comemorarmos a Proclamação da República, no dia quinze. Precisamos de mais poesia, mais reflexão, mais coração e muito menos violência, corrupção e falta de respeito, precisamos de mais democracia, que sem ela não há república.
Setembro passou e também não tivemos muito o que comemorar no dia da Independência do nosso Brasil. Que liberdade é essa que não dá perspectiva nenhuma de amanhã? Há que se pensar com menos imediatismo, há que se pensar no depois, no mais adiante.
Como festejar a nossa independência, se ela se esvai no descaso de nossos governantes, na falência da saúde, da educação, da justiça e da segurança, na derrocada da democracia? Como comemorar uma coisa que não temos, que foi solapada por políticos imorais e corruptos, que ao invés de defender os direitos do cidadão, ao contrário, roubam descaradamente os impostos tantos que ele paga com tanto sacrifício, a maior quantidade de impostos do mundo?
Que república é essa em que vivemos, se ficamos a mercê de políticos corruptos que só querem ficar ricos e não estão nem aí para o povo para o qual trabalham e por quem são pagos?
Precisamos, nós cidadãos, proclamar a nossa independência, não votando mais nesses “senhores” que aí estão, escolhendo melhor ou mesmo não votando em ninguém, se não houver um candidato decente, para manifestarmos nossa insatisfação e revolta com tanto desrespeito, desonestidade, falta de vergonha na cara, mesmo, falta de hombridade e humanidade.
O povo não sabe a força que tem, não sabe que assim como colocamos o bando de sanguessugas no poder, podemos tirá-los. E isso é democracia, fundamento principal da Constituição da nossa República.
Precisamos nos libertar dessa dependência, dessa impunidade que aumenta dia a dia, que transforma nosso país em um lugar perigoso de se viver, que vai acabando com a democracia e transformando nosso país numa república das bananas. Em tempo: A expressão “República das bananas” é usada para descrever um país politicamente instável, com governos corruptos ou autoritários e alta desigualdade social. A expressão tem origem no início do século XX, quando empresas americanas controlavam a produção e exportação de bananas na América Central.
(*) É Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, completando 45 anos de trajetória em 2025, editor das revistas SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA e ESCRITORES DO BRASIL, Cadeira 19 na Academia Sulbrasileira de Letras e cadeira 19 da Academia Desterrense de Literatura. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com