Padre Fernando Fraga
Marcelo estava contente, 25 anos, recém promovido a Supervisor na empresa em que trabalha, pensa seriamente em marcar a data do casamento com a Carol, afinal já são 10 anos de namoro e noivado. Com o salário que passaria a ganhar daria pra bancar as despesas do casório. Afinal, eles já haviam comprado o apartamento (pagavam uma prestação há mais de 6 anos), estava todo mobiliado faltando poucas coisas. Enquanto dirigia para a porta da empresa da noiva, acertava mentalmente os detalhes para o seu casamento, imaginava a cara da sua mãe quando ele contasse que decidiu se casar, o tempo iria fechar, mas ele estava decidido, chegou a sua hora. Já próximo a empresa onde a Carol trabalhava, ele viu uma pessoa muito parecida com a sua Carol abraçada com alguém entre beijos e abraços no meio da rua, e que surpresa; é a Carol, meu Deus! Quem é esse cara? Marcelo sentiu o chão abrir um buraco, estacionou o carro em uma vaga ainda distante do local onde a Carol trabalhava, parou o carro e percebeu que a Carol estava de mãos dadas com o cara. Que cachorra! Marcelo gritou para si mesmo, que descarada. Nem ele sabe como conseguiu chegar em casa, foi direto para o quarto e chorou, chorou, deixando sua mãe preocupada, pois nem jantar ele quis. No dia seguinte, não se levantou, não abriu a janela do quarto, não atendeu ao telefone, não falou com sua mãe, alegando estar com dor de cabeça, precisava ficar sozinho, ele não aceitava a sua doce Carol, a sua Carolzinha, traindo-o assim descaradamente, quanto tempo será que ela o traia? Não sabia, ela era uma excelente atriz, pois com ele era toda delicada, toda amor, ele jurava que foram feitos um para o outro, por que meu Deus? Por quê? Ele não queria mais viver, preferia a morte. Passou o dia inteiro trancado em seu quarto. Sua mãe desesperada pedia para o filho abrir a porta, avisava dos telefonemas da noiva, do amigo do escritório, do chefe, nada; ele não queria falar com ninguém. A noite sua mãe disse que já não sabia o que falar mais para sua noiva, que ligava de dez em dez minutos para saber notícias. Ele abre a porta e resolve atender e despeja todo o ódio guardado em seu dia de sombra, de escuridão, pede para que ela nunca mais o procure, que suma de sua vida, que o que ela fez não se faz com quem ama. Do outro lado da linha Carol sentia as pernas afrouxarem, não havia forças para sustentá-la. Carol desmaiou. No dia seguinte, pelo meio da tarde Ricardo o grande amigo do Marcelo chegou para saber o que estava havendo, preocupado com o amigo e sua noiva, pois conhecia ambos de longa data. Ricardo bate a porta e pede para o amigo atender, após muita insistência, um Marcelo pálido, sem vida, abre a porta. Ricardo penalizado quer saber o que houve, afinal, Marcelo tinha tudo para ser feliz. Meu amigo o que é isso, o que aconteceu, te deixei feliz na quarta-feira, promoção garantida, pensando em casamento, que houve? E a Carol, que loucura, está internada em estado febril desde ontem e nenhum médico descobre o que ela tem, justo agora que ela reencontrou seu irmão que não via há mais de 10 anos. Na quarta-feira ele chegou de surpresa dos Estados Unidos e quase a mata de emoção na porta da empresa. Você precisa conhecê-lo, é uma “figuraça”. Marcelo? Marcelo?Que foi? Que houve cara? Marcelo desmaiou. Essa história tem o propósito de alertar os precipitados. Converse, nunca tome atitudes em momentos de raiva ou revolta. Sob as lentes do ciúme tudo fica maior! Tenha muito cuidado, o maior zelo, mas jamais tenha ciúmes, isto é desconfiança!
Boa semana a todos. Padre Fernando Fraga.
REFLEXÃO DA SEMANA:
Quem ama sua mulher (ou marido), esta amando a si mesmo. Ninguém odeia seu próprio corpo, pelo contrário, o nutre e dele cuida, como Cristo faz com a igreja.
Efesios 5: 28 e 29