Petrobras reajusta gasolina em 4,2% e diesel em 8% amanhã

JANAINA LAGE

A Petrobras anunciou hoje um novo aumento dos preços dos combustíveis nas refinarias. A gasolina terá um reajuste de 4,2% e o diesel, de 8%. A empresa não estimou qual será o aumento para o consumidor na bomba, sob o argumento de que o mercado é livre e não há como prever qual será o reajuste.

Consultorias, no entanto, estimam que o aumento deve chegar até a 3,5% para o consumidor. O reajuste do diesel deve ficar em 6%, segundo projeções da consultoria GRC Visão.

A Fecombustíveis estima que o aumento da gasolina nas bombas deva ficar em 2,5% e o do diesel, em 6,54%. A federação alerta para o fato de que esta estimativa é uma média do país, já que cada Estado tem uma cobrança com valor diferenciado de ICMS (Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços).

Os aumentos valem a partir da 0h de amanhã e são motivados pelo aumento dos preços do petróleo no mercado internacional. Embora tenham recuado de um recorde de US$ 55,67 registrado na Bolsa Mercantil de Nova York em outubro para patamares próximos a US$ 49 ontem, o petróleo ainda justificava um aumento do preço interno da gasolina.

Segundo Alexandre Sant'anna, da ARX Capital, os preços do petróleo vão ficar cada vez mais suscetíveis a condições climáticas nos Estados Unidos. ‘Já houve melhora na produção do Golfo do México e há ainda a reunião da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] prevista para o início de dezembro. Ainda não há uma tendência definida para o preço do petróleo, mas é difícil haver um novo reajuste neste ano’, disse.

Esse será o terceiro aumento para o consumidor no preço dos combustíveis desde outubro. Em 5 de novembro, as distribuidoras elevaram o preço do álcool em 14%, o que levou a um aumento médio de 2,9% para a gasolina –que tem 25% de álcool em sua composição.

Já no dia 14 de outubro, a Petrobras havia anunciado um aumento de 4% para a gasolina e de 6% para o diesel nas refinarias.

Metas

Os reajustes devem ter impacto na inflação, mas não devem impedir que o Banco Central cumpra a meta deste ano. Segundo Alexsandro Agostini, da GRC Visão, o impacto deverá ficar em 0,2 ponto percentual no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e em 0,12 ponto percentual no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Antes do reajuste, o mercado esperava que o IPCA –índice de inflação que serve de parâmetro para as metas– ficasse em 7,19% neste ano.

A meta de 2004 é de 5,5%, mas como existe uma intervalo de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo, o BC cumpre seu objetivo se a inflação não ultrapassar 8%.

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