Outubro rosa: obesidade e sedentarismo são fatores que impactam incidência de câncer de mama

Com previsão de mais de 74 mil casos para 2024 pelo INCA, mastologista explica que cuidados com a mama vão além dos exames de rotina

A campanha do Outubro Rosa destaca a previsão preocupante no número de casos de câncer de mama estimados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer). Do triênio 2023 a 2025, são esperados mais de 704 mil casos de câncer por ano no Brasil. Nas mulheres, o diagnóstico mais comum é o de mama, com previsão de 74 mil casos para 2024.

Para o mastologista do Grupo São Lucas, Dr. Rafael Pelorca (CRM: 133355), os dados estão ligados a causas multifatoriais. Entre elas, a longevidade da população e o maior número de exames de rotina realizados.

“O fato de hoje se falar mais abertamente sobre o diagnóstico de câncer já explica uma pequena parcela da percepção de aumento. Além disso, a expectativa de vida vem aumentando. Quanto mais velhos ficamos, maior a chance de desenvolver um câncer. A utilização em larga escala da mamografia aumenta também o número de diagnósticos”, explica.

Para além do incentivo ao exame de rotina e conhecimento atento do corpo da mulher, está a atenção aos fatores de risco. O especialista divide esses fatores em hormonal e história reprodutiva, comportamental e ambiental e genético e hereditário. Entre esses fatores, situações como menarca precoce, menopausa tardia, ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, sedentarismo e mutação de genes são alguns dos tópicos relacionados.

No fator comportamental e ambiental, a prevenção está diretamente ligada a hábitos saudáveis. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2% entre 2003 e 2019.

Estudos epidemiológicos indicam que mulheres que praticam atividades físicas de maneira regular têm um risco reduzido de desenvolver câncer de mama estimado em cerca de 20% a 40% em comparação com aquelas que são sedentárias.

“O Índice de Massa Corporal (IMC) correlaciona proporcionalmente com o risco. Há cerca de 40 anos, tínhamos 40% menos calorias na dieta do brasileiro. Hoje vivemos uma epidemia de sobrepeso e obesidade. A prática regular de atividade física associada ao controle de peso e alimentação saudável pode reduzir o risco do câncer de mama de 15% a 30%. É uma importante recomendação que fazemos a todas as pessoas”, enfatiza.

Para pacientes já diagnosticadas, o tratamento da doença vem enfrentando avanços significativos que impactam na recuperação. Houve diminuição e melhora na qualidade estética das cirurgias, diminuição nas doses e melhor direcionamento da radioterapia, utilização de terapias sistêmicas mais específicas para as células tumorais e imunoterapias que auxiliam o próprio sistema imune a combater o tumor, utilizando medicamentos que estimulam o sistema imunológico a destruir células cancerígenas de forma eficaz.

O mastologista ainda alerta para a importância do autocuidado e da prática dos exames regulares de rotina com acompanhamento de especialista. A realização da mamografia periódica pode ocasionar até 30% de redução de mortalidade pela doença.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade.

“A prevenção do câncer de mama baseia-se no controle dos fatores de risco modificáveis e na promoção de fatores de proteção. Estima-se hoje que seja possível reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama por meio de medidas como praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. Amamentar é uma prática protetora e deve ser incentivada e realizada pelo maior tempo possível. Não fumar e evitar o tabagismo passivo também podem contribuir para reduzir o risco de câncer de mama”, alerta.

Sobre o Grupo São Lucas – O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.

(Outras Palavras Comunicação – www.outras.com.br)

Foto: Divulgação – Mastologista explica como demais cuidados com a saúde impactam diretamente na diminuição dos riscos de câncer de mama

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