O presidenciável José Serra, ao que parece, concluiu que falar em emprego significa colocar uma azeitona na empada do Lula. Pois, esse tem sido o seu tema desde o tempo de líder metalúrgico em portas de montadoras de carros na briga por vagas e salários.
Serra, como náufrago, bate-se e não consegue sair do lugar. Considerando que a peça orçamentária preconiza 11% de aumento para o salário mínimo de 2003 e que Garotinho faz a festa anunciando 280 Reais, o candidato maior do tucanato informa que o seu mínimo será de 300 Reais, a partir de janeiro e não maio. Daqui a pouco, Cyro virá com 350 e, quem sabe, Lula com 400. E viva o palanque eletrônico que transforma o coitado do eleitor em joguete.
Só para perguntar e sem desqualificar nenhum ilustre e inteligente candidato, com ou sem diploma de ensino superior: prometer salário mínimo elevado diferencia-se da maneira de atuar dos currais eleitorais (de antigamente?) cujo patrão dava um pé de sapatão antes e outro depois de o trabalhador-escravo votar?
É notícia que abunda nestes últimos dias para ser digerida, com muito cuidado. O raciocínio é válido para os demais cargos.
Esse processo, no entanto, com as falhas encontradas sem lupa, ainda é melhor que a mais formidável e festiva das ditaduras. E, de leve, tivemos uma recente que a história lacrou com uma negociada anistia. E, quem a viveu não sente saudade…
Faça a sua cola e não se esqueça dos candidatos viáveis da região de Araraquara. E, por último, não jogue o voto em candidato que pensa estar disputando uma cadeira de vereador ou presidente de clube esportivo.