Um nobre vereador de Araraquara, considerando supostos escândalos nacionais, afirma que vai requerer uma Comissão Especial de Inquérito. Outro, considerando a palavra final de Roberto Massafera (que não vai ser candidato a prefeito) assevera que agora ficou mais fácil ganhar de Edinho Silva. O ilustre legislador se esquece de encontro do próprio Massafera, Marcelo Barbieri, Coca Ferraz e Waldemar de Santi para encaminhamento de decisão: na hora certa, pesquisa indicará quem tem mais condições para postular a candidatura de prefeito. Outro interessado, travestido de opositor, através de um site de “amigos” envia e-mail para, no anonimato, tentar discutir o inteiro teor de certas opiniões publicadas pelo JA. E para tanto, desqualifica o interlocutor como método (ultrapassado e infeliz) de fazer imperar a sua vontade.
Paralelamente, em termos nacionais, o próprio PT faz comunicado contra diretrizes governamentais como se o partido fosse uma coisa e os mandatários fossem outra. Ora, o objetivo de um partido é o poder e ponto. O PT está no poder sim e tem que aprender a conviver com os bônus e ônus dessa situação. Vestir, agora, uma nova camisa de oposição parece brincadeira, só que de mal gosto. Aliás, isso é um desrespeito à inteligência mediana do brasileiro-eleitor.
Aproveitando a deixa, vale dizer, o barco dos que não aceitam a (péssima) situação social com aumento de desemprego e diminuição da renda familiar, entram todos os integrantes da base de governo. Não querem perder o bonde da história, pois, se Lula falhar todos estarão em situação delicada visando as próximas eleições. O PMDB liga sua antena parabólica e pode até abandonar o projeto inicial.
Para não alongar, aproveitamos para dizer que os agentes políticos, de todos os níveis, estão tratando o povo brasileiro como massa de manobra, seres inanimados que podem ser conduzidos quando e como eles quiserem. Que pena, efetivamente lamentável a página que está sendo escrita por esses ínclitos e impolutos senhores.