O professor idealista e locutor do histórico programa O Imparcial Informa pela Rádio Cultura, em tempo de rádio forte. O cronista do querido e tradicional Imparcial, hoje dirigido pela mãe Cecília e filho Zezinho e, como fazedores do jornal confiável e sério, um monte de amigos e profissionais de gabarito. O Prof. J. Rufino, de uma família tradicional e querida de Araraquara, faz em cada crônica uma homenagem e registra a folha de serviço de notáveis conterrâneos. Uma coluna indispensável, resgatando feitos dos que constroem nossa cidade.
De um bom companheiro, num jornal que vive no coração de nossa gente, pode-se esperar flores. Como a que inseriu na edição do último domingo (27 de fevereiro), falando de nosso colaborador e destacado profissional do direito, Dr. João Baptista Galhardo.
Obrigado amigo, pelo texto e pelo calor humano.
“Galhardo, o cronista
(*) J. Rufino
Certa vez, o distinto amigo Hugo Fernando Salinas Fortes, ilustre e conceituado advogado conterrâneo, seguindo as pegadas firmes de seu pai, o saudoso Dr. José Benevenuto Fortes, disse-me que em matéria de jornal, é difícil a figura do cronista. Concordei com ele, entendendo que raros são aqueles que se comunicam através de crônicas, escrevendo de forma diferenciada, narrando fatos reais aos leitores ou recorrendo à ficção.
Lembro-me, a propósito, de Lourenço Diaféria e Flávio Rangel, que escreveram para a Folha de São Paulo, e de Ignácio de Loyola Brandão, que se faz presente em o “Estadão”. É claro que muitos outros poderiam ser citados, mas prefiro ressaltar os três.
O cronista, na verdade, tem que ser dotado de um alto senso criativo, a fim de que, explorando fatos, possa transformá-los em algo pitoresco, engraçado e até mesmo, dramático. Os seus escritos, muitas vezes, são frutos de sua imaginação fértil.
O Jornal de Araraquara, JA, dirigido por Geraldo Polezze, tem diversos colaboradores, atuando cada um num setor especializado. O leitor do semanário possui então, muitas oportunidades, observando o trabalho levado a efeito pelos seus competentes e respeitados articulistas.
Em se tratando do Jornal de Araraquara, reconhecendo o valor de cada um de seus colaboradores, destaca-se João Batista Galhardo, advogado, profissional de Cartório, que se revelou um extraordinário e apreciado cronista. Aluno do Colégio Duque de Caxias, a casa de ensino fundada pelo professor Jorge Borges Corrêa, era líder estudantil, pontificando como exímio orador.
Tenho lido com atenção e interesse, as suas crônicas, divertindo-me com umas e refletido mais sobre outras, em função de seus conteúdos, atestando a versatilidade do autor. Em outras palavras, rio com a hilaridade de umas e penso com a seriedade de outras.
Entendo não haver quem não aprecie as crônicas de Galhardo, escritas com facilidade espelhadas na realidade e até mesmo na fantasia. O cronista deve possuir o Dom de envolver os seus leitores e isso ele faz com rara habilidade.
João Batista Galhardo é genitor de João Batista Galhardo Júnior, juiz de direito em São Carlos e titular da Zona Eleitoral daquele propero município.
Eu poderia falar muito mais a respeito de João Baptista Galhardo, que, há muito tempo, eu não tenho o prazer de rever. Mas o meu objetivo, aqui, foi destacá-lo como cronista do JA. Afirmo, com plena convicção, que Galhardo é o tipo de cronista que todo e qualquer jornal gostaria de ter em seu quadro.
Finalizando, envio o meu abraço a João Batista Galhardo, estendendo-o a sua esposa, filhos, enfim, a todos quantos, de uma forma ou de outra, estejam ligados à sua distinta família.
Parabéns, pois, a Galhardo, o cronista”.
