Padre Fernando Fraga
Exemplo do porco-espinho
É um pouco longa, mas quem sabe nos ensine o quanto é importante uma amizade. Se tivermos de ser como o porco-espinho, sigamos o exemplo. Durante uma Era Glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de proteger-se e sobreviver, começou a unir-se, ajuntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que forneciam mais calor vital, questão de vida ou morte. E afastarem-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportar mais os espinhos dos seus semelhantes. Mas, essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. E precisavam fazer uma escolha: desapareciam da face da Terra ou aceitavam os espinhos dos semelhantes. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Os que não morreram voltaram a aproximar-se, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir o próximo, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, suportaram-se, resistindo à longa Era Glacial. Aprenderam a conviver com pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E os porcos-espinhos sobreviveram. (autor desconhecido).
Boa semana a todos. + Fernando Fraga.
REFLEXÃO DA SEMANA:
Se alguém nos odeia, o problema é dele. Se nós odiamos alguém, o problema é nosso!
(Divaldo Pereira Franco)