N/A

O retorno de se trabalhar com jovens

Nicéia Fantacini foi indicada pela Sarah Coelho para ser o destaque da semana, por sua luta em favor da formação de estudantes. É formada em Letras (Português / Inglês) pela Unesp-Araraquara. Atualmente leciona inglês na Eescola “Profa. Lea de Freitas Monteiro” e no Colégio Objetivo. Escolheu a profissão desde as aulas particulares de inglês, aos 14 anos. Na época, fazia um curso particular de inglês e a sua professora era a mesma de uma escola pública. Os alunos que não conseguiam acompanhá-la eram mandados para aprendizagem na casa da Nicéia. Foi o suficiente para decidir ser professora.

JA- Como é trabalhar com jovens?

N.F.- Trabalhar com jovens ou com adultos (neste caso, refiro-me ao curso Supletivo) é sempre um desafio muito grande. Cada aula, cada aluno é único e a troca de experiências que existe em uma sala de aula é muito rica e, na maioria das vezes, prazerosa. É claro que alguns conflitos ocorrem durante uma aula, nem tudo são flores em qualquer profissão.

Teve apoio de algum programa de Bolsa de Estudos?

O Governo do Estado de São Paulo abriu, início deste ano, as inscrições para os professores interessados em participar de um Mestrado em Educação na Universidade de Londres. O programa faz parte do grande projeto dessa gestão “Teia do Saber”, o qual visa a formação total do professor, mas com um foco muito definido, a qualidade da aprendizagem para o aluno da escola pública paulista. É uma necessidade social e política garantir que todos aprendam, principalmente os alunos oriundos das camadas menos privilegiadas da população. A Secretaria da Educação comprometeu-se a selecionar 130 professores e à Universidade de Londres caberia a definição dos 100 professores que participariam da Bolsa Mestrado. Em um primeiro momento, 322 professores se inscreveram para o programa. Após esta inscrição, os professores deveriam realizar um exame de Proficiência (TOEFL, com uma nota mínima de 650 pontos ou IELTS, com uma nota mínima de 6,5). Apenas 33 professores do Estado apresentaram os requisitos necessários, fazendo com que a segunda etapa fosse eliminada.

A viagem está marcada para este domingo (6) com volta prevista para o dia 28 de fevereiro do próximo ano. Faremos um curso de inglês avançado de 08 a 16/12. Do dia 17/12 a 03/01 faremos visitas a museus, cidades históricas (…). O mestrado em si começará no dia 04/01 e terminará em 28/02/06. Quando voltarmos, haverá um encontro em São Paulo a cada 2 meses com um professor de lá para nos orientar nos trabalhos. Durante o curso, desenvolveremos quatro ensaios com 5 mil palavras cada e uma dissertação com 20 mil palavras.

Nesse programa, quais os requisitos mínimos?

Entre outros, ser Professor de Educação Básica II – PEB II – titular de cargo de qualquer disciplina e estar atualmente em sala de aula na Rede Pública Estadual; atuar em sala de aula na rede pública estadual nos últimos três anos; estar há mais de oito anos para completar o tempo necessário para aposentadoria e apresentar o resultado do exame de proficiência em Língua Inglesa.

Quais os benefícios à bagagem docente?

Além de uma titulação privilegiada, espero estar me preparando para poder desempenhar cada vez melhor o meu papel como professora.

E a emoção de aterrissar em Londres?

Estou bastante ansiosa com relação a essa nova etapa em minha vida. Eu tentei fazer mestrado aqui na Unesp e na UFSCar e não deu. Acho que não era a hora. Agora chegou a minha vez e espero aproveitá-la ao máximo.

Numa sala de aula quais as maiores dificuldades?

A falta de vontade de estudar de muitos jovens aliada a uma falta de compromisso com a escola, são as maiores dificuldades. Portanto, é imprescindível que os pais assumam os seus papéis, não deixando para a escola toda a responsabilidade de educar seus filhos, e apóiem os professores e direção nas decisões que forem tomadas.

Cite um desafio na arte de ensinar.

É o de mostrar aos jovens a importância de se ter objetivos, que estudar ainda vale a pena e que eles devem sonhar e correr atrás de seus sonhos, pois ninguém fará isso por eles.

Uma história que marcou sua vida.

Há uns 8 anos, tinha uma aluna no Supletivo que me chamava de “filhinha”. Ela estava com 60 anos e dizia que estava voltando a estudar porque tinha muita vontade de aprender e porque antes não tinha tido oportunidade. Para ela, ficar assistindo televisão à noite era perda de tempo. Gostaria muito que a vontade e determinação dessa “aluna” servissem de exemplo a tantos jovens que se vêem desmotivados e sem perspectivas.

Fale sobre a família, Deus…

A minha casa e a minha família são muito importantes para mim. Sou casada, tenho três filhos lindos, um de 18 anos e um casal de gêmeos de 14 anos. O meu marido sempre me apoiou e incentivou em todas as minhas decisões. Os meus filhos estão com uma idade boa, pois entendem bem este momento pelo qual estou passando e torcem muito por mim. Com relação a Deus, Ele é o nosso Pai que está sempre nos guiando. A Ele devo agradecimentos por tudo que consegui conquistar.

Mensagem

Gostaria de dizer a todos, especialmente aos jovens, que sempre sigam o caminho do bem e que não desistam de seus ideais. Sejam perseverantes e não desanimem diante de obstáculos que encontrarem, pois, um VENCEDOR sabe que o resultado das coisas depende de si enquanto o DERROTADO acha-se perseguido pelo azar.

Compartilhe :

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cuidados com o celular antes, durante e depois da folia

Aviso Importante

COMUNICADO DA MINHA SAÍDA DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE ARARAQUARA

Nota à Imprensa

MANUTENÇÃO EMERGENCIAL NA ADUTORA DAS ANHUMAS (22/02)

CATEGORIAS