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O povo merece respeito, mas, como exigir?

O deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP) emitiu parecer favorável ao projeto da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que vai regulamentar artigo constitucional prevendo a regionalização da programação artística, cultural e jornalística das emissoras de rádio e televisão.

Relator do projeto, Barbieri disse que “a proposta da deputada Jandira é relevante, pois, colocará em prática, depois de 10 anos de atraso, o preceito constitucional que contribuirá sobremaneira para a preservação da cultura brasileira”.

O parlamentar considerou que “o fato de o projeto obrigar emissoras de rádio e televisão veicularem programas produzidos em sua sede vai divulgar a cultura local, e estimular os profissionais que atuam nas diversas regiões do País”.

A notícia, encaminhada pelo jornalista-assessor Luís Zanini, clama pelo amparo da situação vivida por Araraquara, a fim de ser paradigma aos nobres deputados quando da votação em plenário. Esperando-se o devido encaminhamento do deputado Barbieri para a votação favorável.

Temos a Band e JP (FM) que tocam, na maior parte do dia, quando não o dia inteiro, programação nacional, via satélite. Menos funcionários, claro. Só o combustível (publicidade) da região de Araraquara, um jeito formidável de conseguir produtividade, mas, nada social. Uma realidade que interessa à conta bancária dos proprietários. E a prestação de serviço à comunidade, por ser uma permissão oficial, como fica?

De outra parte, a Cultura e Morada (ambas com FM e AM) que pertencem à mesma família (Montoro) e, portanto, monopólio da notícia eletrônica com extraordinário e conhecido efeito popular. Uma situação, em tese, definida por Marx: “o poder político, propriamente falando, é a violência organizada de uma classe para a opressão de outra”. No caso, apenas de uma família, indiscutivelmente digna, especialista e trabalhadora, mas, unitária. O deputado Barbieri deve estar lembrado de um fato recente: bastou um radialista (da Cultura) dividir a audiência monolítica (da Morada) para receber um chega-pra-lá. Isso é opressão, sim. E nada positivo à democracia e expansão do conhecimento.

A pregação de Marx é tecla desgastada, mas, extremamente notável para definir o inbroglio, a pobreza que a população da região de Araraquara está subordinada.

Por isso, visando oxigenar as ondas hertezianas, que sejam bem-vindas as rádios-comunitárias. Só que não podem ficar sujeitas à mordaça de um transmissor tão insignificante.

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