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Versão de si próprio

Sidney Magal reconhece que leva seu jeito extravagante para os papéis

Texto: Fabíola Tavernard/PopTevê

À primeira vista, dá para perceber que Sidney Magal é a agitação em pessoa. O cantor, que ocasionalmente é também ator, chega a assustar com seus mais de 1,90 m de altura e voz grossa, mas o jeito falante, bem-humorado e extrovertido deixa logo claro porque se encaixou tão bem na pele de Zorroh, seu personagem em “Bang Bang”. Sidney é do tipo que não se preocupa com rótulos, e não pensou duas vezes em aceitar o convite de Ricardo Waddington para viver o super-herói caricato. “Não me preocupei com a fama de amante latino, nada disso. Achei a idéia ótima!”, conta.

Convite aceito, sua primeira preocupação foi saber como manusear tesouras e navalhas da forma correta. Isso porque Zorroh está mais para cabeleireiro do que intrépido espadachim. Lutar contra exércitos ou montar a cavalo não está lá muito no cronograma do personagem – prova disso é que inseriu um “h” no nome por influência de uma numeróloga. Então, ele passou 20 dias “observando” o dia-a-dia de um salão de beleza e seus profissionais. “Não me preocupei com espadas porque as lutas são de mentira e só houve uma cena em cima de um cavalo”, explica.

Prestigiado nas décadas de 70 e 80 com sucessos como “Cigana Sandra Rosa Madalena” e “Meu Sangue Ferve Por Você”, Sidney só costuma se aventurar em papéis que sejam recheados de comédia – e para os quais possa carregar um pouco de si. Foi assim com o mais recente, o Comandante Frazão, de “Da Cor do Pecado”, e não poderia ser diferente com o tal “super-cabeleireiro”. E ele próprio tem consciência de que é muito difícil desvincular sua imagem da de seus personagens. “Nem adianta eles tentarem me dar um papel sério, porque vou tirar sarro das coisas”, diz, com uma sonora gargalhada.

Aos 55 anos, Sidney esbanja fôlego de iniciante para suportar a dura rotina que lhe foi imposta desde o início das gravações. Com a saída de Mário Prata, a produção da novela perdeu frente em relação ao que vai ao ar. Ou seja, os capítulos são entregues pouco antes de serem gravados. Por isso, o elenco – Magal junto – tem passado cerca de 12 horas por dia preso nos estúdios e cidades cenográficas. No caso do ator, com duas agravantes: uma é a capa de Zorroh, que o faz “morrer de calor”. A outra é ainda ter de se desdobrar em shows em várias cidades do país. “Já fiquei 36 horas sem dormir por conta disso. Eu não estava preparado para este ritmo, mas se Deus quiser, chego ao final”, entrega.

E, de fato, Sidney se entrega nas mãos do destino. Ele garante que não tem nenhum cuidado especial com a saúde para agüentar o tranco. O “cantor-ator” diz que não tem a menor disciplina para manter uma alimentação saudável ou fazer exercícios físicos. Atribui a resistência que tem pelos “anticorpos” que adquire em viagens pelos quatro cantos do Brasil, sem maiores precauções. “Sou muito rebelde para essas coisas. Bebo água gelada, entro e saio do ar condicionado toda hora, como de tudo… Mas não aconselho as pessoas a serem assim”, revela.

Apesar dos baixos índices de audiência de “Bang Bang” – uma média de 26 pontos no Ibope, bem menor que os 35 esperados no horário – Sidney acredita que a trama impulsionou também sua carreira de cantor. Em abril, ele lança um DVD com os maiores sucessos da carreira e está com a agenda lotada de shows que animam o atual “revival” dos anos 80. “O melhor é ver que, depois de tantos anos, o público ainda tem um carinho enorme por mim. E sou um caso raro de cantor que foi bem-aceito como ator. E o melhor é que nunca tive esta intenção”, conclui, sempre com um sorriso nos lábios.

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