Nome Próprio

Vilania premiada

Maria Carolina Ribeiro, a maldosa Delfina de “Floribella”, da Band, é eleita por leitores de PopTevê como atriz revelação em 2005

Texto: Fabíola Tavernard/PopTevê

Outro dia, Maria Carolina Ribeiro fazia compras em um supermercado quando percebeu o insistente olhar de um menino. Ao tentar uma aproximação, ouviu: “Você não é aquela chata, a Delfina?” Tentando quebrar o gelo, ela disse que sim, mas apenas na novela. E esforçou-se para convencê-lo de que é apenas uma atriz que “brinca” de fazer maldades em “Floribella“. Cenas como esta viraram lugar-comum na vida de Maria Carolina desde as primeiras “malvadezas” da mimada Delfina no conto-de-fadas moderno exibido pela Band. Por isso, ela esforçou-se para imprimir cada vez mais um ar meio “estabanado” na personagem. “Isso mantém a Delfina como a vilã da história, mas dá uma certa leveza e a aproxima mais do público“, valoriza, recordando cenas hilárias da personagem, como a em que literalmente cai na lama após aprontar mais uma das suas.

Maria Carolina convenceu nas cenas como a perversa Delfina. Tanto que já garantiu a permanência na segunda temporada de “Floribella“, com estréia marcada para a segunda quinzena de janeiro. Também por isso, foi apontada pelos leitores como “Atriz Revelação” na tevê brasileira em 2005 – teve 13%, ou 432, dos 3.320 votos dados na categoria através do site de PopTevê na Internet. “É sempre muito bom ver seu trabalho reconhecido, mas fiquei surpresa“, jura, modesta.

A vilã de “Floribella” realmente deu visibilidade à atriz. Mas nem por isso ela perdoa ou justifica as “sandices” da personagem. “Delfina é má mesmo“, reforça. Maria Carolina acha que o comportamento torpe de Delfina – que só se preocupa em encontrar um marido que lhe garanta uma vida de luxos e farturas – é reflexo da educação errada dada pela mãe da personagem, Malva, interpretada por Suzy Rêgo. A atriz de 26 anos realmente acredita muito na influência da família. Tanto que recorreu à própria mãe quando teve de gravar uma cena em que mentia sobre uma suposta gravidez. “Minha mãe disse para eu ficar calma, que eu estava só brincando de ser outra pessoa“, conta, aos risos. É este “afastamento” em relação à personagem que ajuda a moça a “encarnar” e a livrar-se de Delfina imediatamente após o “ok” do diretor. “Tento mostrar o quanto ela é mimada. Mas o melhor é que ela sempre se dá mal“, entrega.

Maria Carolina é atriz há cinco anos, mas considera a vilã Delfina sua estréia na tevê. Até então, a gaúcha de Porto Alegre só tinha feito pequenas participações na série “Contos de Inverno“, exibida pela RBS, filiada da Globo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Porto Alegre, e com cursos de interpretação na Inglaterra enriquecendo o currículo, ela conta que o convite para fazer testes para “Floribella” veio durante sua temporada no musical “Ópera do Malandro“, quando ainda tinha um “pé atrás” com a tevê. “É tudo muito rápido. A interação com o personagem, a quantidade de textos, as cenas…”, descreve. Apesar das gritantes diferenças em relação ao ritmo de uma peça, a atriz jura que se adaptou muito bem. “E estou apaixonada pelo veículo“, enfatiza.

Para a nova temporada de “Floribella“, Maria Carolina adianta que todos os personagens virão num estilo mais moderno – inclusive a Delfina. A intenção é ficar ainda mais distante do ar dramático da trama argentina “Floriscienta“, na qual a produção da Band é baseada. E como a reestréia será no “auge” do verão, a novela virá mais colorida, leve e “brasileira“. “O texto vai ficar com uma linguagem mais coloquial. Até gírias eu vou usar!”, comemora.

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