Nhô Pedro

Era quinze para as oito da noite, havia uma missa na igreja de Nossa Senhora Aparecida, às sete e meia, e nós não fomos por falta de tempo ou mesmo por descaso à religião.

No salão estava tudo fechado, esperando os noivos e convidados da grande festa que iria ser realizada pelos filhos do casal. De repente, aparece uma pessoa com um filho, que nada mais era que um amigo nosso de infância, do mesmo jeito e quiçá com as mesmas conversas. Começou aí uma noite super agradável, cheia de emoções e esquecemo-nos dos noivos, que logo viriam.

Era quase nove horas quando começaram a chegar os 135 convidados e por fim, a noiva e o noivo num carro que tinha a idade deles.

O salão champagne todo em festa, estava lindo e preparado com todo o carinho pelo Buffet do Dominguinhos. Mesas bem colocadas, toalhas de primeira, cadeiras forradas e louça de se assustar.

O povo nem parecia aquela gente simples da Vila, era um desfile de roupas, todos na moda e com rosto de felicidade. Parecia um casamento encantado.

A noiva deslumbrante, o noivo e os netos com a mesma vestimenta impecável. E por falar em netos, o filho do Marcelo que nem ainda dançou a noite até de madrugada, sem um choro sequer animou a festa e o segundo a mesma coisa. Os filhos além de proporcionarem a festa encheram os convidados de alegria e bem-estar. Não existia uma só pessoa triste neste casamento, eram risos e alegria.

Houve uma esnobação de comes e bebes, além de um delicioso jantar e uma grande mesa de doces variados. Afinal, eram nada menos que cinquenta anos de casamento e eles pareciam que estavam se casando naquela hora. Se não fossem os filhos e os netos tudo levava a crer que seria o primeiro casório dos dois. Na cabeça da gente mais parecia um sonho ou um encantamento de tanta festa e tantos beijos.

O que eu assisti foi diferente de tudo o que vi em minha vida: a felicidade tomando conta de todos os filhos e netos e dos próprios convidados. A música só a do tempo deles, não tocou uma moderna sequer. Foi tudo daquele tempo que encheu nossas alma e nosso coração. Cinquenta anos de alegria e satisfação… hoje, parece que a tal festa nem acabou. Está em nosso pensamento: viva a Leila e o Duca… Viva!!!!

Compartilhe :

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Os novos direitos dos pets no transporte aéreo

A esquerda, sem rumo e sem prumo

Os guardiões da sua mudança de mindset

Alguma moral, um pouco de sensatez

Deixe ao sucessor o município que você gostaria de ter encontrado

CATEGORIAS