Ela transforma as situações e beneficia a própria vida
Kátia Maria Chacon Rezende é uma mulher moderna, batalhadora e cheia de energia para driblar as dificuldades do dia-a-dia.
Casada com Herbert Rezende e mãe de Petras, Nikolas e Lisia, ela vive a vida intensamente e encontra na família o alicerce para a felicidade. Muito criativa, confecciona cestas personalizadas que levam alegria às pessoas.
Indicada por Sarah Coelho Silva, ela concedeu uma breve entrevista a Gente. Confira:
JA – Qual a sua formação profissional?
KMCR – Fiz o curso de Ciências Sociais. Não exerço a profissão, desenvolvendo uma atividade dentro da minha área, porque as inúmeras mudanças de cidade – foram oito até agora – me tiraram essa oportunidade.
JA – Quais as vantagens de mudar sempre de cidade?
KMCR – Por causa da profissão do meu marido, as mudanças se sucederam. Para mim cada lugar tem sido um desafio. Não podemos dizer que há vantagens, mas é certo que todos nós adquirimos sempre mais conhecimentos, fazemos novas amizades e temos conseguido manter a família unida.
JA – Há dificuldades na adaptação?
KMCR – Sim. No entanto, procuramos superá-las porque os filhos, sobretudo quando menores, precisam da nossa ajuda e compreensão. Há também a determinação e clara consciência da necessidade e do desejo de manter a célula familiar sempre unida.
JA – Acredita que isso tem relação com o temperamemto?
KMCR – Acho que sim. No meu caso, procuro sempre superar as dificuldades e seguir em frente, tentando ser boa companheira e boa mãe.
JA – Os filhos acabam amadurecendo mais rápido com mudanças?
KMCR – São muitos desafios e troca de experiências, mudança de colégio, separações de amizades já conquistadas, o prazer de fazê-las novamente e, a partir daí, tudo vai contribuindo para consolidar e fortalecer a personalidade, com o reconhecimento dos próprios limites e a valorização da personalidade, o que leva à conquista de espaços na vida. Sou uma mãe muito coruja. Meus filhos são maravilhosos e tranqüilos: Petras e Nikolas são engenheiros como o pai, Herbert, e a minha filha Lisia estuda Direito na Uniara.
JA – Como lida com a saudade dos familiares?
KMCR – Não é fácil. São muitos anos distante deles, mas estou sempre presente, pelo menos em espírito. O telefone ajuda a superar um pouco essa saudade e nos dá a possibilidade de ouvir a voz das pessoas queridas. Antes eram as cartas que estabeleciam essa ponte. Atualmente a comunicação é mais imediata pois o tempo passa rápido, voa, e oprogresso segue o mesmo ritmo, propiciando conversas longas e agradáveis.
JA – O que é viver bem?
KMCR – É estar em paz com Deus e consigo mesma.
JA – Como mantém tantos amigos?
KMCR – Procuro ser sempre como sou: sincera. Dizem que sou alegre, comunicativa e este sotaque de “pernambucana” surpreende e me deixa à vontade com eles.
JA – Como cultiva o seu bom humor?
KMCR – Fazendo o que gosto e também dando um pouco de mim às pessoas que precisam. Há quatro anos trabalho na Pastoral da Saúde fazendo visitas aos doentes, levando uma palavras de conforto e rezando com eles.
JA – As caminhadas e a ginástica vêm de muito tempo?
KMCR – Há vários anos faço exercícios físicos. Sempre gostei de fazer ginástica, caminhada na praia, praça, em todas as cidades em que morei. Tudo isso já faz parte do meu dia-a-dia e da vontade de querer ter uma vida mais saudável.
JA – O título de sua cesta “Doce Vida” foi inspirado em que?
KMCR – Devemos cultivar momentos felizes na vida. Presentear é demonstrar carinho, amor e solidariedade. É adoçar a vida.
JA – Geralmente as cestas, gostosas e variadas, são solicitadas em quais ocasiões?
KMCR – São pedidas para comemorar datas e acontecimentos importantes, como aniversários, bodas de casamento, de namoro, agradecimentos por serviços prestados.
JA – E a satisfação de quem recebe?
KMCR – Dentre várias, a cesta de café da manha mexe muito com o emocional da pessoa pois ao acordar é surpreendida com produtos gostosos, flor e cartão da pessoa que enviou. A alegria e a emoção tomam conta!
JA – O que sente que dá vida à cesta?
KMCR – Além dos biscoitos e bolos caseiros, personalizo a minha cesta com peças de artesanato do Nordeste e uma muda de violeta – que é uma forma de vida que vai ser cultivada.
JA – Falando em Nordeste, e o problema de falta de água?
KMCR – Esse é o maior desafio do Nordeste. Há áreas de potencial de água muito elevado, porém não explorado. Talvez por falta de conhecimentos e da política “burra” de fazer açudes em troca de votos. Acredito que isso já começou a mudar.
JA – Acredita que as pessoas estão conscientes da responsabilidade que têm em ajudar a economizar água?
KMCR – Não. O governo tem a obrigação de fazer campanhas educativas, de grande repercussão, para conscientizar as pessoas da urgente necessidade de preservar esse precioso bem, que é a água, para que as futuras gerações não venham a sofrer pesadamente com a falta dela.
JA – Qual a sua mensagem?
KMCR – A vida é um enigma para ser vivido e não para ser decifrado. Vivo a vida intensamente! Deus nos deu para vivê-la com amor, com fraternidade e com a esperança de sermos sempre seus filhos muito amados.