O menino estava sozinho na sala de espera do aeroporto, aguardando seu vôo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos. O menino foi cortês quando puxaram conversa com ele e, em seguida, começou a passar tempo colorindo um livro. Não demonstrava ansiedade ou preocupação com o vôo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas. Durante o vôo, o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que a aeronave balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade. Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com aquilo tudo e perguntou ao menino: Você não está com medo? Não senhora não tenho medo, ele respondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir. E disse com um sorriso: Meu pai é o piloto. Existem situações durante nossa vida, que nos lembram um avião passando por uma forte tempestade. Por mais que tentemos, não conseguimos nos sentir seguros, em terra firme. Temos a sensação de que estamos pendurados no ar, sem nada a nos sustentar, a nos segurar, em que nos apoiarmos e que nos sirva de socorro. Então, sempre que se sentir inseguro e em situação de perigo, lembre-se: “O NOSSO PAI É O PILOTO”.
Oração do deprimido
Senhor! Se esta dor é o quinhão que me compete, faz com que eu possa suportá-la, abraçando amorosamente esta estranha cruz. Quando eu estiver em crise, conforta o meu coração… Quando mãos de aço invisíveis apertarem minha garganta, vem em meu auxílio e me concede a dádiva de lágrimas libertadoras… Quando a escuridão se fizer presente e de breu se travestir a minha vida, que haja uma réstia de luz, esperança e consolação, brilhando no fundo do poço… Quando tudo tiver perdido o sentido e eu me encontrar prostrado e abatido, desejando apenas morrer, que um Anjo Teu venha me falar de vida, de novas oportunidades e de melhores circunstâncias. Quando a aridez for tanta, que eu me torne incapaz de dar um sorriso para um filho meu, ou para quem quer que seja, eleva-me à majestade do Teu reino e banha-me nas águas da Tua redenção benfazeja… Quando eu estiver paralisado de terror face aos monstros incompreensíveis do pânico, da culpa, da letargia, da fobia, do isolamento, do ódio autodirecionado, faz-me lembrar de imediato que o Teu amor se coloca acima de todos estes algozes ilusórios, filhos do meu transitório desequilíbrio, e que eu possa nesta hora abandonar-me em Ti, na mais irrestrita confiança. Permita Senhor, que esta dor não me coloque à margem da vida. Antes, que eu aprenda com ela e que dela, eu seja capaz de arrancar o meu aprimoramento… Quando Senhor, a dor se agigantar de tal sorte, que estando eu vivo, eu estampe a própria morte, com os pensamentos e sentimentos em convulsão, incapacitado de balbuciar a mais simples oração, assume nesta hora o comando da minha “embarcação” e sem que eu perceba, me conduz a um porto seguro de luz e salvação… E, se um dia Senhor, eu porventura estiver curado e reabilitado, livra-me de me tornar esquecido. Que possa eu amorosamente abrir meu coração, estender as minhas mão e ir ao encontro dos meus outros irmãos deprimidos. (Fátima Irene Pinto).
Boa semana a todos. + Fernando Fraga.