Antes de tudo, sejamos bons para nós mesmos
Proporcionemos aos outros o que gostaríamos que nos fosse proporcionado, e jamais aquilo que nós próprios detestaríamos.
Em que se baseia o modo de viver da Seicho-No-Ie? Ela se baseia em nossa Imagem Verdadeira ou seja, nossa Essência perfeita, plena de harmonia. Proporcionar aos outros o que gostaríamos que nos fosse proporcionado, e não atribuir aos outros o que não gostaríamos que nos fosse atribuído – este é o princípio orientador básico da moral pratica. Na Seicho-No-Ie, existe o lema “Sejamos bons para nós mesmos”. O princípio moral comumente conhecido é aquele que diz: “sejamos bons para os outros”. Porém, a Seicho-No-Ie parte do princípio de que, antes de tudo, devemos ser bons para nós mesmos. Na Bíblia, lemos ensinamentos tais como “Ama a Deus como a ti mesmo” ou “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Analisando essas frases, percebemos que “amar a si mesmo” constitui a base para amar a Deus e ao próximo. Isso significa que, se não formos capazes de amar de verdade a nós mesmos, também não seremos capazes de amar verdadeiramente a Deus e ao próximo. Portanto, a base da moral de cada pessoa está no grau de sua capacidade de amar verdadeiramente a si próprio. O que significa, então, “amar a si próprio”? Significa conhecer a perfeição da verdadeira natureza de si mesmo e ter o máximo respeito por si próprio. “Amar a si próprio” consiste, pois, em ter a verdadeira consciência de ser um filho de Deus.
É muito comum pensar que “amar a si próprio”, é proporcionar a si mesmo benefícios tais como bens materiais, posição social, fama etc. Porém, “amar a si mesmo” não consiste nisso, e sim em tomar consciência da grandiosidade da imagem verdadeira (Eu verdadeiro e divino). Somente aqueles que têm consciência da grandiosidade de sua Imagem Verdadeira conseguem ver a grandiosidade dos outros. As pessoas amam o próximo de acordo com o grau em que amam a si mesmas. Aqueles que pensam que o ser humano seja uma mísera criatura e desprezam a si mesmos, também não têm amor e respeito para com os outros.
Portanto, se queremos amar realmente o próximo, devemos em primeiro lugar, aprender a amar e respeitar a nós mesmos, promovendo nosso próprio aperfeiçoamento espiritual. Caso contrário, podem ocorrer situações em que, pensando amar o próximo, na verdade o estamos prejudicando.
De Massaharu Taniguchi – Fundador da Seicho-No-Ie