Antônio Gabriel (*)
Num pequeno país longínquo chamado “Sun House”, havia uma pequena e pacata cidade de “Madalândia”. E nesta pequena cidadela tinha como mais polêmica figura um cidadão ligado ao setor das comunicações, que, de tanto criar histórias fantasiosas, suas lampanas passaram a ser consideradas como verdade absoluta para muitas pessoas desavisadas, e para muitas outras que não tinham a capacidade de discernimento, já que uma mentira bem contada e repetida massivamente, acaba por se tornar verdade para muitos, inclusive para seu próprio criador.
O grande mote deste comunicador, era transformar banalidades em assuntos polêmicos e com esta estratégia tirar a atenção do povo dos assuntos mais graves e portanto, casos como: concorrência para coleta de lixo, aumento dos impostos municipais; estes eram simplesmente ignorados, quando muito eram tratados de forma bastante tênue e desta maneira ele achava que jamais poderia ser chamado de indolente no trato com os assuntos de interesse público.
Outra estratégia bastante utilizada pelo “in-justiceiro” de madalândia era o faz de conta oficial, explico: ele fazia de conta que estava colocando a administração municipal contra a parede, abordando de maneira espalhafatosa um assunto banal qualquer, como por exemplo, meia dúzia de sacos de lixo abandonados em uma praça. Então entrava em cena seu mais maquiavélico plano na arte do faz de conta. A última palavra sempre era dada por um membro oficial e tudo era aceito com o maior cinismo que se possa imaginar, e a senha utilizada para fechar o tema era: “agora são tantas horas e tantos minutos”.
A Madre Tereza de Madalândia, também tinha como prática usual, a mesma utilizada por um partido político daquele país longínquo popularmente conhecido como “Sun House”, o “pefelê” que, por coincidência era bastante criticado pelo comunicador, mas ambos sempre estavam pendurados nas tetas do poder; não interessava quem lá estivesse, o importante era apoiá-lo incondicionalmente, que se danassem a ética ou qualquer ideologia.
Agindo assim, aquele comunicador que sempre se auto-proclamava independente, não se deu conta de haver caído na armadilha que ele próprio criou, ou seja, na realidade ele era obrigado a fazer alianças espúrias pois, do contrário cairia em desgraça e consequentemente tudo isso se refletiria em seu bolso e aí se encontrava a parte mais sensível de seu corpo e como diz o ditado: todo homem tem seu preço, não seria diferente com a Madre Tereza de Madalândia.
Nota: Isto é uma obra de ficção, qualquer semelhança com: nomes, pessoas ou acontecimentos reais, terá sido mera coincidência.
Antônio Gabriel – e-mail: antoniocruz@netsite.com.br