Juarez Alvarenga (*)
A vida passada é um acúmulo de experiências. Nela erramos com as convicções da época ou acertamos na sorte.
No pretérito reagimos aos problemas com imediatismo e passionalidade. Não são decisões inteligentes analisadas com imparcialidades, mas decisões nascidas de nossos impulsos naturais não experimentados no palco da vida.
Verdes para a vida aprendemos a acumular erros e repeti-los.
Até então, em que chega a maturidade. A visão de percepção da existência nos leva a ter paradas mágicas e sucessivas de reflexão até o ultimato das decisões.
Com as rédeas sobre nós mesmos funcionando agimos com racionalidade e bom senso.
Fragmentando os problemas em vários ângulos, pois é somente assim, que teremos uma visão sistemática de soluções.
No mar da adolescência, qualquer viagem é um martírio, com uma coleção de erros, por isso, qualquer onda assusta. Levamos o barco com valentia e passionalidade. Se sairmos vivos das armadilhas do mar é por pura sorte, e por isso, merecemos na maturidade seguir em frente, com barco e novas decisões inteligentes fatalmente certeiras.
Na maturidade, há uma coincidência perfeita em como evitar os erros do passado e aceitar o alvo do presente, repercutindo em nosso futuro de maneira perfeita.
No mar da maturidade o perigo é anestesiado com lógica, as alturas das ondas com firmeza e as bombas atômicas do passado são desarmadas com frieza e inteligência.
Na maturidade, aprendemos a acertar e por isso o jogo da vida é menos emocionante, porém bem mais produtivo. As ações não nascem do pico dos problemas, elas amadurecem e procuram o trilho da solução na velocidade adequada.
Nossas vidas são um processo em ascensão de problemas, mas nosso repertório de soluções se multiplica, com nossa existência contornada pelo avanço do tempo.
Maturidade e felicidade, são duas palavras complementares, pois é nessa época que nossas barreiras intimas suportam qualquer força exterior, porque agimos com a clareza do sol do meio dia.
(*) É advogado e escritor