Marcelo Corrêa da Silva, destaque da edição passada, volta a ser enfocado na coluna Gente nessa semana.
Indicado pela colaboradora Sarah Coelho Silva, ele continua nos falando sobre sua forma de enxergar o mundo e se relacionar com os amigos e familiares. Confira:
JA – O que acha do sensacionalismo dos telejornais?
MCS – A Casa dos Artistas e o Big Brother Brasil, as revistas Caras, Contigo e outras do gênero, podem comprovar que há muito interesse na vida alheia! Aí está o limite entre fofoca e notícia. Se Freud não explica, talvez política do pão e do circo possa explicar. Trata-se de uma inversão de valores. O individual e o coletivo, o público e o privado, a ilusão e a verdade. É tudo tão editado, tão produzido, tão planejado que a semelhança com a realidade não é mera coincidência. É fruto de trabalho de equipe, de pesquisas encomendadas, de troca de informações num mundo globalizado. Em última análise, se a exploração da vida particular das pessoas pela mídia não é “necessária”, pelo menos é “útil” e vendável; e isso só acontece porque há interesse por parte das pessoas. Sartre dizia que você tem que escolher: viver ou narrar.
JA – E o rádio?
MCS – O rádio é como cordão umbilical para mim. Através dele me liguei ao mundo. Aos 11 anos comecei a trabalhar na loja de meu pai, Franklin Corrêa da Silva, que era rádio-técnico. Ele consertava e instalava rádios e toca-fitas em carros. Ouvi todas as emissoras, todo os dias, o tempo todo, durante uns sete anos, Até que fui cursar Comunicação Social em Brasília. À noite eu sintonizava algumas de minhas emissoras preferidas e ficava horas escutando músicas clássica e popular brasileira, enquanto tentava estudar. Mais tarde trabalhei na Rádio Morada do Sol, entrevistando celebridades e, na extinta Rádio Aracoara, de Amaral Gurgel, dava dicas de beleza e entrevistava convidados ilustres. Uma verdadeira escola.
JA – Como vê os novos investimentos do grupo Montoro na área de Comunicação?
MCS – Com muito bons olhos, respeito e admiração. Todos devem saber que sou amigo da família Montoro, com muito orgulho. Admiro profunda e sinceramente o pioneirismo e a determinação com que o grupo realizou suas conquistas na área de Comunicação. Acompanhei de perto o programa Em Cartaz, produzido por Maria Agnes Montoro, na Rede Mulher. Tive a honra e o prazer de conviver com Maria Amália Montoro, na Morada do Sol e aprendi muito com ela. Nas poucas vezes em que o senhor Roberto Montoro e seu filho Robertinho nos encontramos, tivemos conversas edificantes e agradáveis. Eles são ótimos! Imagino que na fase atual dos empreendimentos, com as novas instalações na Avenida Bento de Abreu, Araraquara perceba que vivemos uma nova era, realmente. Vem aí o Nosso Canal, TV por assinatura, na qual, com certeza e orgulhosamente, o programa Fama vai figurar. Torço por eles. Quem conhece a história da televisão brasileira, sabe da importância dos Montoro para o progresso e desenvolvimento da Rede Globo, e da criação da Rede Família, adquirida recentemente pelo grupo Edir Macedo.
JA – Em que área foi convidado a ministrar cursos no Senac?
MCS – Na área de Higiene e Beleza. Encaminhei uma proposta de um workshop chamado “A arte de conquistar o cliente através do atendimento”. Pretendo valorizar a profissão de cabeleireiro discutindo os procedimentos que envolvem o cliente antes, durante e depois do corte de cabelo. Por exemplo: o acabamento, e a personalização do corte, isto é, como adaptar o corte clássico ao formato do rosto, personalidade estilo de vida do cliente. O curso acontece no próximo dia 8 de abril.
JA – Que valor tem a família?
MCS – O valor da origem, aquilo que determina os seus valores. Mesmo que você aprenda jogos psicológicos ruins, se o conceito de liberdade for passado de pai para filho, você tem chance de escolher. Sempre me lembro dos conselhos de meus pais. Eu tenho muito orgulho deles, a quem devo minha comunicabilidade, sociabilidade e traquejo social. Acredito que herdei o dom de transitar sem preconceitos nas diferentes camadas sociais. Sei que a espontaneidade pouco ou nada tem a ver com a boa educação. No entanto, prefiro dizer o que sinto e o que penso, onde quer que eu vá. Os laços afetivos que mantenho com minha família estão intactos e isso é importante para o meu equilíbrio emocional.
JA – Como curte as horas de lazer?
MCS – Dedico meu tempo de lazer praticando natação no Sesc, musculação na Academia Atlétic Center e ioga em casa. Não dispenso a leitura, sempre que posso: jornais, revistas, biografias e, recentemente, tendo lido muito sobre alimentação natural, dietas para esportistas, manuais de beleza, livros de auto-ajuda e esoterismo. Às vezes cozinho para os amigos ou vou jantar fora, sem levar a máquina fotográfica… Mas o auge da farra é quando trago filmes da videolocadora. Ah! Também adoro assistir televisão. O Loyola fala que não há nada melhor do que o pior programa da TV para combater a insônia…
JA – Quais são suas leituras preferidas, atualmente?
MCS – Bem, eu tenho costume de ler vários livros ao mesmo tempo. Minha modesta biblioteca fica no meu escritório. Estão na cabeceira da cama, no criado-mudo e na penteadeira do meu quarto os seguintes volumes: O Campeão de Audiência, Body for Life, Organização de uma Empresa de Beleza, Manual Técnica de Estética, …E foram felizes para sempre, Amar e Ser Amado, A Lei do mais Belo, Musculação Anabolismo Total, O Livro das Virtudes, O Livro dos Alimentos que Curam, Guia Prático da Vida Saudável, Enciclopédia Familiar da Saúde, e Saúde e Beleza.
JA – De que maneira se preocupa com o bem-estar físico?
MCS – De todas as maneiras… (risos). Procuro dormir bastante, porque, como diziam os gregos antigos, o sono é médico de todas as doenças. Alimentação é o melhor remédio. Faço dieta com a nutricionista Luciana Miranda Candido e estou muito satisfeito. Honestamente, prefiro gastar na quitanda e no supermercado do que no médico e nas farmácias… Quando vou ao médico é para fazer exames de rotina. Pratico exercícios físicos e exercícios mentais também. A massagem, a meditação, a postura, tudo é importante para se adquirir e manter o bem-estar.
JA – Uma mensagem.
MCS – Sim, com prazer. Eu recomendo amor às pessoas. Isso é fundamental para quem quer ser feliz. Estou com Tomás de Aquino: “Ame e faça o que quiser! Quando terminei as sessões de Imagem Terapia com Cássio Ropelato, ganhei uma frase que agora compartilho com os leitores. “O homem não será plenamente ele mesmo se não for amado e não se esforçar por amar”.