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Independência…ou morte?

Não vamos perder tempo em questionar, historicamente, a bravura do Imperador que, tendo erguido a sua espada à margem do Ipiranga, do alto de seu cavalo (ou mula?) gritou “Independência ou Morte!” simplesmente porque não produziria nenhum efeito prático. Mas, torna-se interessante neste 7 de Setembro refletir sobre a tal independência do país e dar uma passada d’olhos na liberdade, garantida constitucionalmente, de seus combalidos contribuintes.

De cara: independentes, de quem? Dos Estados Unidos, que ditam normas e mandam no FMI, certamente não. As criancinhas brasileiras nascem com uma dívida que não fizeram e que os pais e avós não autorizaram os governantes de plantão a contrai-la e usar os dólares em projetos duvidosos.

O serviço desta dívida, isto é, o incrível pagamento de juros está acabando com a nossa capacidade de enfrentar os problemas sociais que se avolumam a cada minuto. Com investimentos maiores, obviamente, seriam promovidas políticas capazes de promover a sociedade para que não tivesse que adentrar ao emaranhado de problemas.

Dê uma rápida olhadinha ao seu derredor e veja como está se comportando parte significativa dos empresários (vende almoço para, parcimoniosamente, jantar), milhares de desempregados agredindo amigos e familiares para desabafar, Febens superlotadas desenvolvendo programas de reeducação porque houve falha na primeira e valiosa tentativa, milhões de desesperançados, um sem número de revoltados, loucos de todas as têmperas banalizando a vida, famílias desestruturadas, nichos de espertalhões que com tudo isso conseguem viver do dinheiro e para o dinheiro, enfim, o mar não está pra peixe.

A palavra-chave é independência, não é mesmo? Com tantas barreiras sociais não dá para vivenciá-la como seria de nosso direito constitucional. Por que a cesta-básica faz sucesso de candidatos e administradores? Num país tão grande e de terras dadivosas milhares de famílias, marcantes pela extensa prole, ainda passam fome.

Nosso povo, fraternal e religioso, está sendo chamado às urnas para escolher os agentes políticos, os salvadores da pátria. Para complicar, pelo menos a metade não sabe interagir com a urna eletrônica programada para receber a digitação do número de deputado federal, estadual, dois senadores, governador e presidente. E para não ficar emperrando uma fila ansiosa por cumprir a obrigação, o eleitor pouco afeito ao computador vai confirmar e… qual será o resultado prático e independente?

Os contribuintes, que entregam quase 4 meses de salários de cada ano trabalhado, no contexto da Constituição Cidadã não tem liberdade de ir e vir com segurança. Então, como se falar em independência?

É para chorar, ao se refletir, neste 7 de Setembro. Quem sabe, antes de morrer, ainda poderemos escancarar o peito e gritar à beira de qualquer rua ou avenida: viva a liberdade, bendita seja a independência do Brasil!

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