O homem do campo sabe que, em muitas oportunidades, fogo se combate com o fogo para eliminar as chamas devoradoras, destrutivas. Por analogia, que adianta reverberar determinado método de se fazer jornalismo no rádio araraquarense? Existe monopólio de uma família, apenas uma opinião expressa, agente que se coloca acima do bem e do mal, paladino dos fracos e oprimidos para galgar posições destacadas, dono da verdade, titular dos fatos e que se revolta quando não detém a primazia do “furo”, isto é, não é o primeiro a dar a notícia (…) e daí, de prático o que tem ocorrido? Absolutamente nada. O determinado radialista é, inquestionavelmente, competente em sua maneira de agir. Se deseja destruir…saia de baixo. Chega a, inclusive, deixar pessoas ajoelhadas no milho, de castigo e com o testemunho de centenas de pessoas. Exemplo dos mais contundentes e desumanos pudemos ouvir, quinta-feira, quando a Dra. Clara Peckmann Mendonça foi pintada como “incompetente”. E mesmo após a sua explicação, o termo, como punhal, voltou a ser usado e motivou a ilustre e respeitada profissional a asseverar, meio constrangida: “considero-me competente, mas, fico subordinada à decisão do prefeito Edinho”. Ora, com uma invejável e reconhecida folha de serviços à comunidade, depois de ser homenageada pela Unesp ter que sentar no banco dos réus e enfrentar a ditadura da comunicação? Dra. Clara, que pena. Certamente, muitos dos que conhecem a sua trajetória ficaram desolados, tristes pela sua eventual decepção em ter que prestar conta dessa forma como se fosse um neófito qualquer.
Mas, o nosso editorial não finca as suas palavras-pilares no conhecido e traiçoeiro solo da comunicação. O radialista, por demais conhecido, nada de braçadas e sabe como castigar os que pensam diferentemente. A nossa intenção é acordar os líderes da comunidade (chamados de “aquaranos” pelo citado radialista) e indagar: por que não oferecer uma alternativa aos milhares de ouvintes da região? Por que ficar em berço arrumadinho e perfumado à espera do milagre da transformação? Não está na hora de trabalhar- unidos e com o espírito de abrir o leque jornalístico- para aquisição de espaço numa emissora concorrente? E, formatando uma alternativa, competente e profissional, disputar a audiência? Infelizmente, os que podem e se omitem deixam de cumprir com a sua cidadania. Assim, reclamar ou responder ao radialista-solo não deve ser meta dos que pensam inteligentemente. Só para vislumbrar um respaldo comercial: sabe por que no único informativo existem 5 supermercados anunciando?