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Fluxo de comércio com a China deve chegar aos US$ 10 bilhões em 2005

Agência Brasil

O intercâmbio comercial entre o Brasil e a China deve chegar próximo de US$ 10 bilhões em 2005, com um fluxo de comércio favorável ao Brasil, que exporta mais do que importa dos chineses. A afirmação foi feita hoje pelo secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.

Ele adiantou que este aumento se dará tanto via importação, quanto exportação – principalmente de manufaturados, como auto-peças.

Ramalho esteve na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) participando de reunião com a delegação da Confederação de Comércio e Indústria da China, chefiada pelo vice-presidente do Comitê Permanente da Conferência Consultiva e Política chinesa (cargo equivalente ao de vice-presidente do país), Huang Megfu.

O secretário adiantou que já neste ano haverá crescimento no intercâmbio comercial entre os dois países, tanto no que diz respeito ao lado das exportações quanto das importações.

“Do ponto de vista das exportações, particularmente, nós ainda acusamos hoje uma presença bastante grande de produtos básicos na pauta de exportação do Brasil para a China, mas após a visita do presidente Lula àquele país, acompanhado de cerca de 400 empresários, acreditamos que novos negócios surjam, com uma diversificação maior da pauta das exportações com mais produtos manufaturados, produtos de maior valor agregado”.

Segundo Ramalho, já neste ano o fluxo de comércio entre os dois países deve superar os US$ 9 bilhões, tendo em vista que o fluxo acumulado até outubro já registrava exportações da ordem de US$ 4,726 bilhões, contra importações de US$ 2,985 bilhões – um fluxo de comércio de US$ 7,7 bilhões.

O secretário salientou porém, que embora a China seja hoje o terceiro maior comprador dos produtos brasileiros, as nossas exportações absorvem apenas cerca de US$ 5 bilhões – cerca de 1% dos cerca de US$ 400 bilhões que a China importa anualmente, em todo o mundo.

“E a China importa do mundo não apenas matérias primas e insumos básicos, como já compra do Brasil (entre os quais a soja e o minério de ferro), mas também uma gama de produtos manufaturados. Então, há um potencial de crescimento muito grande para todos os manufaturados nacionais – que, alias, nós já exportamos e com competitividade”.

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