g. polezze
Menos emprego na CTA
Páscoa quer dizer passagem, só que não vai precisar de gente para receber dinheiro de gente que usa o transporte coletivo de Araraquara. A máquina, inventada pelo homem para subtrair emprego do homem – na falsa e injusta argumentação de eficiência com menos dinheiro – será adotada caso a palavra do presidente da CTA seja endossada pelo prefeito Edinho Silva. Mas, um anúncio tão bombástico não teria sido, antes, aprovado pelo chefe do Executivo? O contrário poderia ser entendido como ação para solapar a estrutura de governo. Totalmente inaceitável por se tratar de pessoas sérias.
É meridiano: cada catraca vai cortar um trabalhador
O fato é tão grave, a médio-prazo, que é capaz de motivar alguns vereadores para providência cabível no sentido de regulamentar o transporte, considerando que a CTA é uma permissionária. Sem esquecer que seu acervo, completados os 50 anos (falta pouco tempo), será integralmente entregue à municipalidade. Uma empresa do povo, literalmente de nossa comunidade.
Seria um obra acabada?
Será que está tudo nos conformes e resta, apenas e tão somente, para os trabalhadores a assertiva enganosa de que não haverá corte de vagas?
Enfim, que belo presente de Páscoa… No tempo de vereador, Edinho Silva ocuparia a tribuna por uma semana inteira e bateria o recorde de permanência defronte ao microfone. (Olha que a história registra orador com mais de 10 horas à espera de que o plenário ficasse cansado e a votação não registrasse a vontade acidental de uma maioria).
E, ainda, o então vereador Edinho Silva necessitando de maior visibilidade estaria buscando provas para ingressar em Juízo com alguma ação para defender os “sofridos trabalhadores”. Claro, com reportagens, entrevistas, manchetes e muitos comentários de profissionais da comunicação. Tudo isso foi público e notório e, hoje, a comunidade espera vereadores com aquele espírito. Por que os vereadores, em sua maioria, buscam o holofote só de vez em quando?
Ligação ferroviária é salutar e pode fortalecer a região central
O encontro de líderes de Araraquara, São Carlos e Rio Claro foi dos mais importantes. Se nenhum fruto fosse colhido, apenas a idéia de fortalecer as três cidades com a presença das paralelas de aço seria plenamente justificável e digna de aplausos.
O que não fizeram pelo transporte ferroviário, ao longo de tantos anos de omissão, seria possível agora. Novo traçado, novos estímulo e, inicialmente para turismo e, em seguida, movimento de carga e passageiros. Isso é bom demais, até para sonhar.
