Os Estados Unidos fazem uma arcaica “guerra colonial” no Iraque, alimentada pelo desejo de controlar o petróleo iraquiano, afirmou o embaixador saudita na Grã-Bretanha e Irlanda. Numa entrevista publicada no jornal Irish Independent, o príncipe Turki al-Faisal comparou a invasão e ocupação do Iraque liderada pelos EUA com séculos de incursões do Ocidente no Oriente Médio.
“Não importa quão nobres sejam os objetivos dos EUA na guerra, numa análise final trata-se de uma guerra colonial bem parecida às guerras conduzidas por ex-potências coloniais quando saíram para conquistar o resto do mundo”, opinou al-Faisal. “Seja em nome do cristianismo, ou para levar civilização para países subdesenvolvidos, ou levar o império da lei para nações incivilizadas”.
O embaixador, ex-chefe dos serviços de inteligência sauditas, lembrou que congressistas americanos falaram abertamente antes da guerra que “em um ano ou dois eles (no Iraque) estarão produzindo tanto petróleo que a guerra irá se pagar por si mesma”. Isso “indica que existiam aqueles na América que pensavam em termos de conquistar os recursos naturais do Iraque para a América”, acrescentou.
O príncipe, na entrevista, também classificou o líder palestino Yasser Arafat de “um mártir vivo” e Israel de “um poder agressor e colonial que é rude e no geral despido de qualquer consideração humana em relação as aspirações do povo palestino”.