Inúmeras manifestações sobre o editorial anterior subordinado ao “Monopólio odioso” defendendo a democratização dos veículos eletrônicos em Araraquara onde a r. família Montoro detém a concessão de duas emissoras de AM e duas de FM, as que falam diretamente à comunidade porque as outras duas FMs (Band e Jovem Pan) são, na maior parte do dia, lincadas ao satélite para reproduzir a programação central gerada na capital paulista.
Quanto a jornal, tudo está na dependência da criatividade e poder privados. Nada a opinar e muito menos falar em “monopólio”. O editorial foi categórico ao assinalar que os demais jornais (todos nós outros) precisamos nos impor pela qualidade e brilhantismo de ações na razão direta da velocidade das mudanças do segmento. Isso posto, vamos ao monopólio que navega pelas ondas do rádio.
Rádio Cultura e Morada do Sol, historicamente, foram concorrentes. Nem dá casamento a concentração vivenciada hoje. Não dá liga, é questão de pele e, por isso mesmo, quando da recente fusão para cobertura dos resultados eleitorais, ao auto-proclamar-se “Complexo de Comunicação Roberto Montoro” deu a idéia generalizada de que o rádio araraquarense está, efetivamente, em busca do fim. Rádio, sem concorrência, não subsiste.
Assim, considerando que a concessão federal é renovada a cada 10 anos, isto é, o governo de plantão autoriza em nome do povo (de onde emana, nasce todo o poder) precisamos lutar para fazer chegar a Brasília que não podemos concordar com essa concentração de poder.
Pouco importa se a tradicional Rádio Cultura de Araraquara tenha sido vendida ao ex-deputado Marcelo Barbieri pelo agente societário Ricardo Lupo e que o ilustre político Barbieri tenha comercializado a emissora (ostentando FM, AM e OT) à família Montoro. Importa que o povo tem o direito a duas fontes de informação e o poder concedente não pode se omitir diante dessa problemática que a história vai cobrar de nossa geração.
Estamos esperando a liderança do Sincomércio e Acia para debater o tema. Se demorar, vamos propor outras providências.
Nota: até agora não pedimos o apoio do prefeito Edinho e nem do deputado Dimas, por questão óbvia.