FSP trouxe na edição de quinta (23), à página C7: exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) reprova quase 60% de novos médicos. Leia de novo, inacreditável e extremamente perigoso para os pobres mortais que ainda não fomos chamados para o segundo estágio de vida, visível aos olhos da fé.
Índice elevadíssimo de médicos reprovados que, por questão legal, não são proibidos de exercer a nobre profissão. Quase 60% dos 2.843 médicos recém formados de São Paulo simplesmente foram reprovados em questões facilmente encontradas em Pronto Socorro, UPA e outros serviços de atendimento emergencial. Se o exame não é obrigatório, visando a seleção natural como ocorre com os bacharéis em direito, para quê fazer? Essa taxa de reprovação representa um descrédito aos médicos que aportam ao mercado de trabalho. "Infelizmente o Conselho ainda não pode negar o registro para quem não atinge o mínimo de 60% de acerto", diz Bráulio Luna Filho que é diretor do Cremesp. Chocante: o aludido coordenador afirma que "há registro emitido para médicos que acertaram 17 das 120 questões de múltipla escolha".
Doutor Bráulio termina afirmando que "é vergonhoso, um absurdo. A licença deveria ser dada apenas aos médicos que passaram".
E, consoante o noticiado, o que os pacientes poderiam dizer? Tudo fica ainda mais delicado quando sabemos que prefeitos e vereadores lutam por mais médicos, infere-se, mesmo que tenham sido reprovados pelo Cremesp.
Por isso, Senhor todo-poderoso arrume um tempinho para olhar por todos nós e nos defenda de médicos sem condições profissionais de fechar diagnóstico e receitar remédio certo e determinado para debelar o mal. Amém!!!