Não deu outra, o presidente-indicado da CTA aproveitou para fazer gozação com o vereador Anuar. Efetivamente, a Companhia Tróleibus Araraquara é privada, mas, aparentemente pública pelos atos praticados. Parece contradição, mas, nos últimos anos coube ao prefeito de plantão determinar o presidente e demais diretores da companhia, na respectiva assembléia ordinária, em cima da maioria de ações conhecidas.
Assim, o presidente-indicado coloca o prefeito Edinho Silva, politicamente, em lençol curtíssimo. Afinal, se ficar calado diante da agressão verbal de seu indicado é como endossar suas palavras desnecessárias e desrespeitosas a um agente que detém mandato popular. O presidente-indicado poderia ter tido elegância ao responder e, em nome da transparência (?) informar o que tem gasto em publicidade. Não adianta o prefeito Edinho dizer que o vereador Anuar, talvez, esteja sendo visto pelo presidente da CTA como seu ex-gerente. Isso não alivia a agressividade contida subliminarmente no palavreado. Por isso, publicamente, isto é, pela imprensa, o prefeito chega a desautorizar o seu indicado que, levado pelo extraordinário moral e gigantesca auto-estima é provável que peça demissão. Será que Edinho pediria para ele ficar? Ou, fugindo daquela maneira despótica e pouco solidária como tratou na Justiça do Trabalho o funcionário e ex-vereador Marmitão, o presidente-indicado vai deixar assim para ver como fica?
Se Edinho Silva permitir que o caldo inamistoso perturbe o equilíbrio entre os poderes vai prestar um desserviço à democracia araraquarense.