… Os ilustres especuladores para a beira do rio, a fim de fisgar o peixe da tolerância e da realidade. Eles precisam saber que o dólar não mata a fome, que o dinheiro não é tudo e muita gente sofre pela vontade unilateral e insaciável de aumentar seus lucros. O dinheiro pelo dinheiro é a doença dessa turminha que deixa o resto quase louco, isto é, todo o triângulo da estratificação social, afora é óbvio, o pequeno vértice (o cume) pertencente à casta despoticamente soberana, a dona do destino dos países pobres (eufemisticamente rotulados de países em desenvolvimento) e das crianças que nascem com a missão de batalhar e sofrer, por uma existência, para pagar uma dívida externa que todos sabemos impagável e de onde sai uma fatura de cifras elevadíssimas como serviço, vale dizer, juro descomunal. Em determinada ocasião essa dívida levou o Papa João Paulo a preconizar o perdão do credor (EUA) para zerar a relação pecuniária entre os países para erradicar a pobreza e violência.
A FSP, sexta-feira, como primeira manchete afirma que “Indefinição do PT eleva dólar e risco”.
Ora, qualquer fato é justificativa plena para o pessoal aumentar o dólar e jogar nosso sofrido real às profundezas do inferno. E quem, como nós da imprensa que compramos em dólar para vender no disputadíssimo real, ficamos como cachorro que cai do caminhão em dia de mudança. Por isso, a vontade mandá-los, com todo o respeito, para aquela beirão do rio mencionada lá no início do comentário.
Isso posto, ficamos na dúvida: o presidente Lula está certo nesse enfrentamento com os poderosos? Enquanto a resposta não vem, o escasso real é comido pelas beiradas.
E o furo brasileiro fica mais em cima. A mesma FSP, afirma: dobra o lucro dos bancos estrangeiros no Brasil e 54 milhões de brasileiros (32% da população) vivem com até R$ 100.
Senhor, salvai-nos dos especulares nada santos e por demais egoístas. Amém!!!
