O jornal televisivo, deste final de semana, afirma que em Casa Branca o poço que abastecia uma pequena vila foi transformado em coletor de esgoto. Acabou prejudicando outras fontes, preocupando os moradores. Até uma horta foi proibida de receber o líqüido contaminado para salvaguardar a saúde humana.
Como pode passar pela cabeça de um administrador político depositar esgoto num poço profundo? É o fim de mundo, uma aberração. Uma ignorância nada santa. Mas, em Araraquara s.m.j. corremos perigo semelhante quando se atinge o lençol freático com técnica rudimentar e sem cuidados científicos. E o pior, sem a fiscalização de Cetesb ou de quem de direito agasalhado em um sem número de siglas.
A perfuração pode ser feita em poucas horas. Jorra-se o líqüido de graça e, por vezes, nem precisa de bomba de recalque tamanha a pressão do Aquífero Guarani. Ele é gigantesco, dá tranqüilidade à população mesmo em épocas de estiagem prolongada. Temos tanta água que até esquecemos de dar-lhe a devida atenção. E se algum irresponsável, ao perfurar um poço, contaminar todo o aquífero? De tão grande, nem vamos perceber. Mas, as futuras gerações certamente vão nos detestar pela omissão e irresponsabilidade que beira à loucura.
Se a água é o “petróleo” de amanhã, não deveríamos cuidar de verdade desse manancial que garante vida?
E numa cidade como Araraquara, que recebe a melhor água, por que autorizar perfuração de poço residencial ou mesmo comercial?
O Daae poderia responder?