Cântico do idoso

“- Benditos os que me olham com simpatia;

– Benditos os que compreendem o cansaço de meus passos;

– Benditos os que elevam a sua voz para minimizar minha surdez;

– Benditos os que apertam com firmeza as minhas mãos trêmulas;

– Benditos os que se interessam por minha distante juventude;

– Benditos os que não se cansam de ouvir minha fala inúmeras vezes;

– Benditos os que acolhem minha ânsia de afeto;

– Benditos os que me concedem uma migalha do seu tempo;

– Benditos os que se lembram de minha solidão;

– Benditos os que me cercam nas horas de sofrimento!

– Bem – aventurados os que alegram as derradeiras horas de minha existência;

– Bem – aventurados os que me confortarem na hora de minha morte:

Quando eu entrar na vida sem fim, lembrar-me-ei deles junto ao Senhor!”

(João Paulo II, aos anciãos da Alemanha)

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