Reuters Television, Nick Macfie e John Ruwitch
O Ministério da Saúde da China confirmou na quinta-feira que mais dois moradores de Pequim, até agora suspeitos de terem sido contaminados pelo vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), apresentavam realmente a doença e um deles estava em estado grave.
Vários países implementaram medidas para impedir a disseminação da síndrome e a China disse ter notificado estrangeiros de que um laboratório de controle de doenças da capital poderia ser a fonte de um novo surto.
O Ministério da Saúde afirmou que 18 pessoas de vários países estiveram no Instituto de Virologia do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, em Pequim.
Uma estudante de medicina contaminada dentro do laboratório levou o vírus para as ruas do país e provocou a primeira morte por Sars desde o surto do ano passado. Um total de quatro pessoas teve confirmada a contaminação. Há outros cinco casos suspeitos.
“Dois supostos pacientes da Sars em Pequim tiveram seus casos confirmados e um deles está em estado grave”, disse o Ministério da Saúde, acrescentando que todos os casos confirmados podiam ser ligados ao laboratório.
Centenas de pessoas foram isoladas e colocadas sob observação.
Mas, enquanto centenas de milhões de chineses preparavam-se para a semana de feriados do Dia do Trabalho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dizia que a doença não era grave o suficiente para obrigar os viajantes a cancelarem seus planos.
No principal aeroporto e na principal estação de trem de Pequim, quase ninguém usava máscaras cirúrgicas, algo comum durante o surto do ano passado, quando 800 pessoas foram mortas em todo o mundo.
O Vietnã, onde a Sars matou cinco pessoas, retomou o controle da temperatura de passageiros vindos da China, disse um jornal. A Tailândia também adotou essa medida. O Canadá vem realizando testes com pessoas que queiram se submeter a eles.