A campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas – mês do combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes, promovida pela Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), tem por objetivo conscientizar profissionais de saúde e a população em geral sobre os efeitos nocivos do consumo de drogas lícitas e ilícitas, que vem ocorrendo cada vez mais cedo entre os jovens, e cujas consequências são maiores na faixa etária pediátrica.
Na opinião de Claudio Barsanti, coordenador das Campanhas da SPSP, esse é um tema de grande relevância para toda a sociedade, uma vez que a iniciação do consumo dessas substâncias tem sido cada vez mais precoce, impactando de forma avassaladora a vida desses indivíduos. “Por isso, é imprescindível que profissionais da saúde estejam preparados para abordar, orientar e conscientizar pais, responsáveis e educadores em relação a esse problema”, ressalta o pediatra.
João Paulo Becker Lotufo, presidente do Núcleo de Estudos de Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da SPSP e coordenador da campanha, reforça que é preciso evitar que a criança, desde pequena, tenha contato com qualquer tipo de substância, pois todas elas, quando consumidas antes da formação do cérebro, podem acarretar maior dependência e complicações. “Importante enfatizar que as novas drogas sintéticas que estão circulando, como a K9, K2 e K4, vêm preocupando muito os profissionais da saúde, assim como o uso de cigarro eletrônico (vape), que virou moda entre os jovens e é muito consumido nos dias de hoje pelos adolescentes; entretanto, ele possui mais nicotina que o cigarro normal – o veículo que vaporiza a nicotina tem glicerol e outras substâncias que são cancerígenas e produzem uma doença inflamatória em nível pulmonar”, alerta o especialista.
Barsanti diz que, por não entenderem o risco, muitas vezes crianças e adolescentes iniciam o uso de drogas influenciadas por pessoas mal-intencionadas, porém, outras vezes, eles se espelham nos pais, consumindo drogas lícitas, como bebidas alcoólicas e cigarros, achando que tal consumo não trará qualquer perigo ou dano. “No entanto, ao contrário, muitos são os riscos e os males que podem conduzir a graves prejuízos à saúde – e em alguns casos, de forma irreversível”, afirma. Lotufo salienta que o exemplo da família (e o não uso de drogas lícitas ou ilícitas por ela) é fundamental como exemplo para os filhos ou netos. “Outra droga que os jovens acham que faz menos mal é a maconha, porém ignoram que ela tem até cinco vezes mais substâncias cancerígenas do que o tabaco e que podem lesar o cérebro, provocando dificuldades em relação ao aprendizado”, esclarece.
Para Barsanti, quando se aborda o combate ao consumo de drogas na faixa etária pediátrica, é imprescindível pensar na sua prevenção, o que se faz discutindo o assunto com a família e seus filhos e estando atento a situações de risco. “Reservar um tempo específico da consulta pediátrica voltado à abordagem dessa questão, certamente favorece uma intervenção preventiva”, aponta o médico. Lotufo faz coro ao colega, enfatizando que os pediatras têm a obrigação de trabalhar a questão da prevenção do consumo de drogas em sua rotina diária, conscientizando não só os próprios pacientes, mas também pais e responsáveis sobre os perigos do consumo dessas drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. “Por isso, lutamos pelo projeto de aconselhamento breve nos consultórios pediátricos e na família”, conclui. Saiba mais sobre o projeto acessando: www.drbarto.com.br
(Vérité Comunicação – Assessoria de Imprensa SPSP)