O jornalista Sérgio Cabral receberá o baiano Vicente Barreto e o paraibano Fuba de Taperoá para homenagear João do Vale no Boteco do Cabral, na próxima sexta-feira (31), às 21 horas, na área de Convivência Externa do Sesc Araraquara.
O maranhense João do Vale estreou como cantor no legendário restaurante Zicartola, no Rio, em 1964. Antes disso, porém, percorreu um árduo caminho: de Pedreiras, onde nasceu, foi para São Luís aos 13 anos. Ali participou de grupos de bumba-meu-boi como “amo” (fazendo versos). Aos 15, iniciou sua viagem para o sul, passando por Fortaleza, onde foi ajudante de caminhão, em Téofilo Otoni (MG), onde garimpou, até ser ajudante de pedreiro no Rio de Janeiro, cidade à qual chegou em 1950, aos 16.
Começou a freqüentar programas de rádio, oferecendo seus baiões. Em pouco tempo, Zé Gonzaga gravou Cesário Pinto. Além de Marlene, que gravou em 53 a canção Estrela Miúda, Dolores Duran e Luís Vieira também interpretaram o compositor.
Opinião
Entretanto, foi no Zicartola que nasceu a idéia do show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa. No show, estrelado por Nara Leão, Zé Kéti e João do Vale, conquistou o público com sua composição (com José Cândido) Carcará, que lançou Maria Bethânia.
João do Vale fez também a trilha do filme Meu Nome é Lampião, de Mozael Silveira e remontou o show Opinião em 1975, e compôs canções como Peba na Pimenta (com João Batista e Adelino Rivera) e Pisa na Fulô (com Ernesto Pires e Silveira Júnior). Foi também co-autor de Coroné Antonio Bento, Canto da Ema, Na Asa do Vento e Baião.
O último disco de João do Vale é de 1995: João do Vale 1995, lançado um ano antes de sua morte.
Os ingressos para o Boteco do Cabral custam R$5,00 (comerciários matriculados), R$7,50 (usuários matriculados, estudantes, idosos acima de 65 anos e menores de 18 anos) e R$15,00 (inteira).