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Artista plástico mineiro fala da nova cidade

Sarah Coelho indica o artista plástico, colunista de jornais e poeta Estevão Bortolotti para ser o destaque da página Gente. O mestre, de 73 anos, nasceu em Muzambinho (sudeste de Minas Gerais). Está em Araraquara há um pouco mais de três anos.

JA- Por que se mudou para Araraquara?

E.B- Porque queríamos, eu e minha esposa, ficar mais perto de uma filha e dois netos que residem aqui.

Gosta da cidade?

Muito. Araraquara é uma cidade dinâmica e de muitas oportunidades para quem quer trabalhar. O clima é ótimo, seu povo ordeiro e gentil.

O que significa para escrever?

Escrever e também ler são meus passatempos preferidos e é escrevendo que costumo transmitir, exteriorizar meus sentimentos. Também já fiz isso como profissão. Fiz umas duzentas poesias.

Publicou …

Só em jornais, inclusive na Folha da Tarde da capital paulista. O responsável pela página 2 Literária gostou do que escrevi e publicou, com foto e elogios. Eu era muito novo, dezoito anos, e quase morri, tanto de emoção quanto de vergonha.

Onde busca inspiração.

Nas recordações, nos acontecimentos envolvendo a sociedade no seu todo, na natureza … no amor no seu sentimento maior. Não existe um determinado limite.

Como definir um poeta?

Não existe um modo padrão de definir um poeta. Eu diria que poeta é uma pessoa privilegiada por Deus, que enxerga mais, compreende mais, ama mais … por isso mesmo assimila e sente mais, daí a necessidade de divulgar em versos os mais expressivos sentimentos.

O que significa a palavra sofrimento?

Significa tristeza, compaixão e naturalmente dor. Mas significa também oportunidade de aprender e crescerem todos os sentimentos.

Como artista plástico, qual a sua especialidade?

Quadros montados e pintados, geralmente tridimensionais mostrando ambientes rurais antigos. Mas, já passei por diversas fases: pintura de paisagens, esculturas em madeiras, pedra, arte em areias coloridas…

Onde expõe suas obras?

Atualmente no restaurante “Velho Armazém”, mas amanhã poderei estar em outros ambientes.

E a reação do público?

Surpreendente. Minhas obras gozam da admiração de todas as classes sociais, destaque para proprietários de sítios, fazendas e casas de campo, onde combinam bem com o meio ambiente.

Como adquiri-las?

Através dos proprietários e funcionários do restaurante “Velho Armazém” onde a pessoa interessada poderá fazer melhor avaliação dos quadros expostos. Também diretamente comigo em minha casa.

Seus projetos e ideais.

Continuar escrevendo meus versos, criar novos motivos para meus quadros e como artista plástico tentar projetar-me fora do país, já que por aqui cultura em geral está em franca decadência. Em Araraquara não tem faltado esforço e boa vontade da parte das autoridades municipais e particulares, mas num sentido mais amplo o Brasil tem sido seriamente atingido pelo despreparo, pela omissão e até mesmo pelo gosto vulgar dos responsáveis pela nossa cultura.

O que Araraquara representa em sua vida?

Tudo. Hoje vivo em Araraquara e, desculpem-me a pretensão, quero viver para Araraquara uma cidade que aprendi a admirar pelo seu dinamismo e pela cordialidade dos seus habitantes. Desfruto também de boa assistência médica e hospitalar adequadas a minha idade e saúde. Portanto…

Uma mensagem

Conclamo os jovens a desenvolverem mais o gosto pela leitura séria, sadia, o prazer pela cultura e pela arte no seu todo, repudiando toda espécie de vícios danosos à moral e a saúde. Sabedoria, moderação, viver o presente com os olhos no futuro são requisitos para se ter sucesso na vida.

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