O secretário do Desenvolvimento Econômico, Paulo Sérgio Sgobbi, e o assessor de Diretoria Hidrogeologia e Gestão Territorial da CPRM (Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais), Marco Aurélio de Carvalho, anunciaram que a CPRM deve entrar em uma nova fase operacional na cidade.
Para tanto, a companhia, que esteve parada desde 1991 devido ao seu sucateamento, deve retornar com a injeção de capital vindo sob forma de medida provisória assinada no final do último dezembro. Para Sgobbi, a retomada no setor geológico “deve trazer benefícios indiretos em hotéis e restaurantes, além de gerar emprego a médio prazo”.
A idéia é criar um Centro de Estudos da Bacia do Paraná na cidade, onde deve funcionar uma central, já que em outros pontos do Estado estão espalhados outros setores de pesquisa. Nesse Centro devem ser implantados cursos para reciclagem e formação de mão de obra qualificada a partir de investimentos oriundos da iniciativa privada. Um possível convênio está sendo estudado entre USP, Unesp, Universidade Federal de São Carlos e Universidade Federal do Paraná para a elaboração dos programas criados.
Um Poço-Escola deve ser criado para treinar manobras de operação com alunos/pesquisadores. Para essa estrutura, já está disponível um poço, cedido pela Prefeitura Municipal.
Também uma litoteca (oficina onde se armazenam as pedras) será criada, com a finalidade de pesquisa e organização do material que a CPRM já possui. O valor dessa obra está estimado em R$ 700 mil.
O assessor da CPRM acredita que o país não tem tradição na área de pesquisa mineral. “Araraquara é uma área privilegiada para esses investimentos. Temos uma área de proteção criada para o Aqüífero Guarani, temos o DAEE (Departamento de Água e Energia do estado de SP) que atende todo o interior de Estado, e temos a boa vontade do governo municipal. A tendência é que a cidade volte a ser um centro de estudos de água subterrânea”.
A área da CPRM, de aproximadamente 12 mil metros quadrados, está localizada nas imediações do Aeroporto, na SP 255.
