Colaborador: Bruno Sanches Bosso Munhoz
INDÚSTRIA AMERICANA
É da natureza humana proteger o seu território de ameaças externas e grupos inimigos de outras regiões, seja por diferença de crenças, opiniões, partidos, países. Agora, se imagine tendo que trabalhar no seu para uma empresa estrangeira de um país que frequentemente disputa o comércio com o seu, entrando em disputas políticas e econômicas, isso pode afetar a sua opinião sobre a companhia. É sobre isso e sobre a diferença cultural no trabalho que irá abordar esse documentário disponível na Netflix e indicado para maiores de 12 anos.
“Indústria Americana” é um documentário lançado em 2019 que conta a história de uma fábrica que fechou em Ohio, Estados Unidos, deixando centenas de pessoas desempregadas. Anos depois, uma empresa chinesa de vidros automotivos chamada Fuyao, começa a se instalar no lugar em que essa fábrica gerando empregos para a região e trazendo chineses para trabalharem com os americanos, a fim de ensinar a eles o modelo chinês de se trabalhar. Modelo o qual vai ser muito criticado pelos funcionários dos Estados Unidos e que não irá produzir tanto quanto as lideranças chinesas estavam especulando.
Para quem conhece um pouco sobre a cultura estadunidense e a chinesa, sabe que as duas são muito diferentes uma da outra, tanto é que batalham a anos pela hegemonia comercial mundial. E o interessante desse filme é mostrar as duas culturas de trabalho no mesmo local e se interagindo, trabalhando em conjunto para o sucesso da fábrica. Além de mostrar os dois povos estranhando a cultura do outro, porém invejando em algumas ocasiões, e é claro, acompanhar a relação de uma empresa chinesa com a luta por direitos trabalhistas e sindicatos lutando por melhores condições de trabalhos aos funcionários.
Por fim, “Indústria Americana” é um documentário interessante que nos mostra na prática como seria se os Estados Unidos e a China trabalhassem juntos no chão de fábrica. Para mim, esse é um documentário bom e recomendo a todos assistirem. Nota: 8/10. Obrigado.
Foto: Internet
