Colaborador: Bruno Sanches Bosso Munhoz
ANORA
Lançado em 2024, para mínimo de 16 anos, “Anora” conta uma história que acontece na sociedade mais do que imaginávamos. A história de mulheres que precisam trabalhar como dançarinas eróticas ou como dançarinas em boates e acabam conhecendo homens ricos que prometem amor, dinheiro e uma vida tranquila a ela. Porém, nada é tão simples e essa promessa não se realiza.
Anora (Mikey Madison) é uma jovem do Brooklyn que trabalha em uma boate como stripper. Em uma noite de trabalho, ela conhece Ivan (Mark Eydelshteyn), um jovem filho de um oligarca russo que paga por uma noite com ela, mas esse encontro não para por aí. O jovem casal começa a se ver com mais frequência, até que se tornam “namorados por uma semana” e então, noivão em Las Vegas. Tudo estava perfeito naquela ideia de vida de casados, até que os pais de Ivan descobrem e o obrigam a anular o casamento através de seus capangas, que farão de tudo para que esse casamento seja anulado.
Este é um filme eclético, pois retrata a maioria das emoções que os filmes conseguem nos passar, exceto as emoções infantis pela sua indicação para maiores de 16 anos. Do drama com sua profissão, as enérgicas e movimentadas baladas da alta sociedade, ao tédio do matrimônio feito às pressas finaliza com o choque de realidade vivenciado após ter perdido tudo o que lhe tinha sido prometido, por imaturidade. “Anora” não é um filme para família, mas sim para aqueles que gostam de filmes que fogem do padrão “hollywoodiano”, representando classes sociais que são esquecidas pela sociedade e mal retratadas em filmes e series. Ou quando retratadas, mostram apenas o luxo e a vida boa, sendo personagens secundários.
“Anora” está disponível nos cinemas e concorre, junto de “Ainda estou aqui” pelo Oscar de Melhor filme. Acredito que o motivo seja as emoções diversas apresentadas no longa e ela atuação de Mikey. Para mim, entre os dois, “Ainda estou aqui” merece levar o prêmio. Nota: 7/10. Obrigado.