Dia escolhido para homenagear as mulheres. Dia que a humanidade escolheu para reconhecer os erros históricos cometidos com as mulheres do mundo. Infelizmente erros que ainda são cometidos. Porém, hoje há movimentos que estão mudando esta realidade. Tivemos avanços, porém, é preciso avançar mais.
A mulher quer apenas o direito de poder ser ativa, ter iniciativa, ser maravilhosamente competente. De ter estudo, e de ensinar a quem quer estudar. Quer colocar ações mais humanizadas na política, na sociedade. Quer menos jogo de interesse e mais garantia de direitos, das mulheres, das crianças, dos adolescentes, dos idosos, dos deficientes, dos homens, do ser humano, dos animais, da natureza, do planeta, da existência, do espírito, da vida. É isso que move os movimentos. É isso que move as pessoas. Uma sociedade mais justa e igual. Só isso. Será que é tão difícil assim? Penso que não.
Mesmo porque nossa cidade sempre contou com muitas mulheres de iniciativas pioneiras e como resultado conquistaram toda uma estrutura de atendimento às vítimas da violência. Mais importante, nosso município conta com uma excelente rede estruturada de serviços públicos de apoio às nossas mulheres, pelas inúmeras creches, postos de saúde, escolas de tempo integral, maternidade Gota de Leite, vários CRAS que proporcionam a tranquilidade para que as mulheres possam deixar os seus filhos e se qualificar para o mercado de trabalho, nos cursos profissionalizantes que são oferecidos, e trabalhar nos diversos segmentos, contribuindo com sua inclusão social, com a igualdade de oportunidades e pela sua autonomia.
Conselho Municipal
O Conselho Municipal, em parceria com o Centro de Referência da Mulher empreendeu diversas ações no sentido de fortalecer o Protocolo de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, conquistando inclusive um software que fará a integração entre os vários órgãos de atendimento às pessoas vítimas de violência. Por outro lado, a impunidade ainda é muito grande nesta nação. As desigualdades ainda são muito grandes. Isso talvez ajude a explicar algumas coisas. Talvez expliquem, mas não justificam.
Por isso não podemos perder a capacidade de nos indignarmos com a violência, com as desigualdades, com a desobediência aos direitos coletivos e individuais, com a falta de solidariedade entre as pessoas.
Podemos, juntos, trabalhar em prol de uma causa e tirar outras pessoas do comodismo e também trazer para o trabalho.
Sabemos que as mulheres são grandes articuladoras da paz, façamos todas nós parte deste universo!
(Maria Regina Rolfsen Francisco Chediek é Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Araraquara)