A Cultura em Diálogo

"Não são os lugares que dignificam os homens, mas os homens que dignificam os lugares que ocupam".

Bom dia. Talvez poucas pessoas, assíduas leitoras do JA, conheçam aquele a quem peço licença para homenagear, na coluna de hoje. Conheçamos a breve história de um homem que luta por um ideal e vê, a cada dia, sua luta sendo concretizada. Você pode não ter nada a ver com Comunicação, mas pode mirar-se no exemplo do homenageado. Refiro-me ao PROFESSOR DOUTOR ANTÔNIO CARLOS DE JESUS, eleito para a direção da FAAC (UNESP Bauru), gestão 2004/2008.

A trajetória do professor Antônio Carlos, doutor em Ciências da Comunicação, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, é longa e se mescla com a história da Fundação Educacional de Bauru (FEB) e da implantação e desenvolvimento da FAAC- Unesp.

Tudo se inicia nos anos 70, quando a FEB dava seus primeiros e importantes passos. Nesse período, o professor Antônio Carlos contribui diretamente para a estruturação do curso de Comunicação Social, sendo um dos proponentes da criação da Faculdade de Artes e Comunicação, com os cursos de Comunicação Social, Desenho Industrial, Comunicação Visual e Educação Artística, em 1973. Desenvolveu, ainda, projeto de reestruturação do Laboratório de Fotografia (1971) e criou o centro de Rádio e Televisão da FEB (1975). Desde, então, o seu projeto de vida estaria intimamente ligado à construção da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC). Foi presidente das comissões de implantação do curso de Comunicação Social: habilitações em Relações Públicas (1979), Jornalismo (1985) e Radialismo (1989); orientou e elaborou os processos de criação e montagem da Rádio Unesp-FM (1987). Foi em sua gestão, como presidente da Pós-Graduação, que o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da FAAC (na área de Comunicação Midiática) teve o Mestrado credenciado pela Capes.

O professor Antônio Carlos conhece a realidade local, não somente pela sua trajetória como docente, pesquisador e gestor, mas também por ter sido presidente da Comissão Permanente de Avaliação da FAAC, que elaborou um diagnóstico do ensino, da pesquisa e da extensão na Unidade, relativos aos anos de 1999 a 2002. Em atividades de ensino, orientou 111 projetos experimentais, 9 monografias de curso de Especialização, 11 dissertações de Mestrado e duas teses de Doutorado.

Atualmente, desenvolve e coordena a pesquisa “Inventários dos Meios de Comunicação no Centro do Estado de São Paulo”, que visa a inventariar, criticamente, os processos de produção e difusão do saber midiático, construídos na região central do Estado de São Paulo.

GESTÃO INTERNACIONAL

A experiência, adquirida em gestão possibilitou que entre 1985 e 1989 participasse da Comissão de Avaliação dos Cursos Internacionais de Comunicação e Planejamento, ministrados pelo Centro Internacional de Estudos Superiores de Jornalismo na América Latina (Ciespal), no Equador, com o apoio da fundação Friedrch Ebert, da Alemanha e com o apoio da Unesco.

Outros contatos internacionais foram surgindo, e ele passou a ser um nome de referência, para compor comissões de estruturação de cursos e programas em países em desenvolvimento: Programa de Estudos Pós-graduandos em televisão da Pontifícia Universidade Bolivariana, em Medellín, Colômbia (1988), onde acabou por ministrar o curso “Periodismo, ciudad y comunidad”, no Programa de Especialização em Jornalismo Urbano. Em 1999, seria um dos membros de criação e implantação do Programa de estudos Pós-graduados em Jornalismo da Universidade Eduardo Mondelaine (UEM), em Maputo, Moçambique (África Austral), onde criou o Centro de Multimídia da UEM e o Centro de formação de Profissionais para Rádio e Televisão (CFPRTV) do Instituto de Comunicação Social, junto ao Ministério da Informação de Moçambique.

O Centro se tornou espaço didático-pedagógico para a formação de profissionais, visando garantir o funcionamento efetivo das emissoras de Rádio e televisão comunitárias e rurais em instalação no país, com o objetivo de desenvolver ações efetivas como o combate à AIDS e o estabelecimento integral da população moçambicana. Ainda em assessoria internacional, o prof. Antônio Carlos desenvolveu o projeto “Rádio e Televisão Comunitária”, junto a membros de entidades internacionais de Costa Rica, Espanha, Holanda e Moçambique (2001); assessoria para assuntos de Radiodifusão Comunitária para a Radio Nederland Training Centre/RNTC (em Hilversum, Holanda) e para o Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento da População – Regional Maputo, em Moçambique (2000). Em processo contínuo, deu consultoria para emissoras moçambicanas de Rádio e Televisão de várias províncias, para a aquisição de equipamentos e construção de infra-estrutura necessária, além de organizar e definir a realização dos primeiros cursos para formação de pessoal em rádio e TV. Paralelamente ao desenvolvimento das rádios e televisões comunitárias e rurais do Instituto de Comunicação Social (ICS) e do Ministério de Desenvolvimento Rural de Moçambique (MADER), colaborou com os projetos da Unesco, que objetivavam a distribuição de dez emissoras de rádios comunitárias a grupos comunitários moçambicanos. Nestes projetos, participou de cursos de formação de administradores de emissoras, em contextos comunitários, organizados pela própria Unesco. No total, treinou 56 primeiros profissionais selecionados e acompanhou a instalação e funcionamento das oito primeiras emissoras rurais. O principal objetivo foi o de orientar as instalações das emissoras e definir a programação e a formação de redes para estratégias massivas de combate à AIDS, às doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e à malária, dentre outras ações.

Não vale a pena seguir um exemplo como esse?

Até a próxima semana – celp@terra.com.br

Profª Teresinha Bellote Chaman

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