A Cultura em Diálogo

Profª Teresinha Bellote Chaman (*)

Bom dia. Dedico esta coluna a um grande homem, meu amigo, amigo de meus sobrinho, querido por meu marido, amado por meu filho. Luisinho parecia uma criança quando estava com o Pedro. Luisinho, assim era conhecido por todos nós, Luís Alberto Marin Jr., guarde com você, onde estiver, estas palavras:

Domingo, 25 de agosto, missa das 10h, Igreja Nossa Senhora das Graças, Cônego Antônio Desan. Ouvimos atentamente a II leitura (Rm, 11, 33 36):

"Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de DEUS! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos! De fato, quem conhece o pensamento do Senhor? Quem foi o seu conselheiro? Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? Na verdade, tudo é dele, por ele, e para ele. A ele, a glória para sempre. Amém!"

À saída da missa a notícia!

Senhor, não cremos, dissemos os três atônitos!

Rumamos ao velório… meu DEUS… era verdade!

Não poderia haver um melhor consolo para Dona Cida, Helô, Cris, que as palavras da 2ª. leitura da missa de domingo. A vida é bela, porém frágil e os desígnios do Senhor são insondáveis. Que partida mais brusca, após longos 12 anos em uma cadeira de rodas. Você nos deixou, Luisinho, mas seu exemplo de força, de ter asas sem mais tê-las, sua determinação no Melusa, nadando, a despeito das limitações, sua presença-líder na presidência da UDEFA.

Sua luta pelos seus iguais, sua querência de mais e melhores estudos… em cada canto uma saudade, em cada saudade um exemplo, em cada exemplo um novo caminho de luta, de serviço, de não-entrega às dificuldades geradas pelas pedras do dia-a-dia.

Mais um desafio estava nascendo. Na semana daquele fatídico acidente na rodovia Araraquara – Jaú, havíamos (eu, ele e o Carlos) concretizado entendimentos: a partir de segunda, feira 26 de agosto, ele iria iniciar um trabalho comigo, no Jornal de Araraquara.

Também nesta segunda, ele entregaria ao Carlos uma pauta para uma entrevista no SBT, onde iria reivindicar melhores condições para os deficientes físicos, nos transportes públicos de Araraquara.

Outro detalhe: ele estava radiante, já não era sem tempo, sua nova cadeira "motorizada" (acho que é assim que se diz), finalmente, depois de tantos anos, estava para ser entregue. Antes do final do ano ela chegaria. Com maior mobilidade, ele poderia agir mais, trabalhar mais… que maravilha. Ele sonhava ser candidato, e mais, ser eleito vereador nas próximas eleições municipais (e para ele, da forma como falava, já era uma realidade).

Nós, ali naquele momento, já tínhamos fechado questão. Seríamos seus cabos eleitorais, já iniciávamos, nossos trabalho.

Que maravilhosas horas de bons papos tivemos esse ano no estande da Kaiser, na FACIRA (foram 3 dias seguidos). Foi nossa melhor FACIRA, com certeza, 70%, por sua causa. Quanta alegria, quanto divertimento, quantos planos, quantas promessas, quantos sonhos, quantas confidências, quantos desabafos, quantos amores, quantos desamores, quantos deliciosos chopes…

Senhor, acolha-o em seus braços, em seu paraíso, e faça dele o anjo bom, não só dos deficientes de Araraquara, mas do Brasil, do Mundo.

Luisinho, destemido, você não se contentou em lutar de longe pelos seus deficientes físicos, você quis ir ao PAI e lá, diretamente, exercer a vereança perfeita, sem veleidades nem interesses escusos.

DEUS o acolha, Luís Alberto Marin Jr., seu sofrimento purificou-o diante de DELE.

Vá em paz Luisinho, mas embale a dor de Dona Cida, da Helô, da Cris… Vá, menino, que tantas vezes brincou com o Cau, com o Juca, com a Maga, a Fabi, com o Anderson, o Clayton…

Ah! Rua 1, ah quintal do casarão defronte à casa da avó Elisa, minha querida e saudosa mestra!

No céu é primavera, você antecipou-a, querido amigo.

Lá você voltará a ser aquele Luisinho de antes daquela pedra… no meio do caminho. Sim… há 12 anos… havia uma pedra no meio do caminho…

Vá, o Senhor precisa de Você.

Caros leitores, esta semana havia reservado este espaço para falar sobre:

"Do gênero discursivo da charge, do cartum e dos quadrinhos, à produção de texto: um convite à reflexão, a partir do estímulo visual e ao desenvolvimento crítico de temas dissertativos, engajados com os diversos problemas sociais brasileiros".

Profa Silvana Aparecida Pinter Chaves, cara colega, você fica para a próxima edição.

Teste o seu Português:

01 – Observe os homônimos: buxo bucho. Complete com atenção.

Os ______________ dão flores pequenas e alvas.

O animal está com o ______________ cheio.

02 – Peça de madeira destinada a fechar portas, janelas… chama-se: taramela ou tramela???

Complete:

Drª. Sueli colocou __________ nas portas do consultório.

03 – Francisco S. Borba é um linguista lingüista de renome internacional.

Linguista ou lingüista??? com trema ou sem trema ???

04 – Dicionário de usos do Português do Brasil é impressindível imprecindível ou imprescindível???

a ( ) O dicionário é impressindível.

b ( ) O dicionário é imprecindível.

c ( ) O dicionário é imprescindível.

05 – Cuidado com os parônimos: flagrantefragrante

Efetuavam cerca de sete _____________ por dia

Que brisa __________ vem do jardim!

Manifeste-se.

Até a próxima semana celp@terra.com.br

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