A Cultura em Diálogo

"O sucesso do casamento consiste em mais do que encontrar a pessoa certa. Consiste sim, em tornar-se a pessoa certa."

Bom dia. Muito boa essa frase inicial. E você já encontrou a pessoa certa? Por um acaso você é a pessoa certa? Tenho o prazer e o privilégio de conhecer vários casais aqui em nossa cidade e posso dizer que ambos formam o par certo. De minha parte, posso dizer que encontrei a pessoa certa e, sem falta de modéstia, devo ser também a pessoa certa. Mesmo que o meu querido Carlos Chaman tenha que fazer aquela tal viagem para o Iraque. E digo: o dia em que essa passagem for confirmada, eu estarei junto dele. Duvido que tantos outros que ganharam esse presente possam dizer a mesma coisa.

Agradeço as orações que muitos fizeram para o meu querido sobrinho, João Primiano Caixeta. Havia prometido isso na edição anterior. Já se encontra em casa, recuperando-se, e dando toda aquela alegria que só ele poderia dar a seus pais Fabiana e Geraldo.

Como sempre, gosto de escrever algumas coisas interessantes, que fazem vocês pensarem um pouco. Vamos a mais três historinhas.

A PAZ PERFEITA.

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar, numa pintura, a paz perfeita. Foram muitos os artistas que tentaram.

O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas. A primeira era um lago muito tranqüilo. Esse lago era um espelho perfeito, onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um céu muito azul, com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para tal pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita. A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro, com faíscas e trovões. Montanha abaixo, parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isso se revelava nada pacífico.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que, atrás da cascata, havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Nesse arbusto, encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho, placidamente sentado no seu ninho. Paz perfeita. Qual foi a pintura ganhadora? O rei escolheu a segunda. Sabe por quê? Porque, explicou o rei: “paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração. Esse é o verdadeiro significado da paz.”

A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO.

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal, para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

– Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:

– O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

– Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

– Filho, como está se sentindo agora?

– Estou cansado, mas alegre, porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira e carinhoso lhe fala:

– Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho, onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente:

– Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos.

LENDA ÁRABE

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto. Em um determinado ponto da viagem discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo.

Ao recuperar-se, pegou um estilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

– Por que, depois que lhe bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

– Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.

Tenho certeza de que essas três pequenas historinhas, que você acaba de ler, devem servir-lhe para uma reflexão.

Lembrando, não deixe de assistir ao programa Mestre-Cuca. Lá estou de segunda a sexta-feira, dando algumas dicas de Língua Portuguesa, que poderão ser-lhe muito úteis.

"A medida da felicidade a DEUS se encontra na felicidade ao amor".

Desejando fazer contato celp@terra.com.br

Até a próxima semana.

Profª Teresinha Bellote Chaman

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