Temos defendido, por reiteradas vezes, a pertinência em se diminuir o número de cadeiras da Câmara Municipal de Araraquara ao invés de construir um prédio mais amplo para agasalhar, inclusive, mais assessores.
Em recente editorial cristalizamos a idéia de que os atuais 21 vereadores (número de cadeiras que remete, linearmente, a uma população de 1 milhão de habitantes) deverão terminar o mandato, de acordo com as normas que balizaram as recentes eleições, mas, por dever moral e excelente serviço à comunidade, deveriam propor um número menor (15 ou 17? Por que não 13?) para a próxima legislatura.
O ponto de vista continua valendo, mas, não poderíamos deixar de publicar o comentário do Prof. Benedito Gonçalves Cunha, em favor dos vereadores. Como estamos na democracia e o debate é a sua essência, vale ser lido. Defende a sua tese com ardor e estriba-se em leis e a CF para, a final, abrir o leque da representação. Quanto mais vereadores, melhor representada estaria a população. Minimiza, ainda, a investida do MP porque o dinheiro do legislativo poderia ser dividido para menos pessoas. Vale dizer, não é o número de vereadores que determina o quanto será gasto com o Poder Legislativo. Mas, poderíamos indagar: e os assessores, salários e encargos sociais? E a população que tem o poder de pressionar seus representantes a receber um salário condizente com a realidade econômica? Todavia não vamos indagar, apenas agradecer o encaminhamento de matéria que contrasta com a nossa opinião. Isso nos faz sentir felizes e conscientes de que não somos os donos da verdade, mas, até que haja argumento mais forte, vamos defendê-la com toda a nossa energia.
Senhores vereadores, façam o melhor projeto desta vida legislativa: o que dispõe sobre a diminuição de cadeiras. Assim, certamente, V. Exas. vão passar para a história.