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O que aconteceu com o salário do Prefeito e dos servidores?

Por Luigi Polezze

A Prefeitura de Araraquara confirmou que o prefeito, o vice e os secretários municipais não receberam o salário na data prevista neste mês, em decisão adotada para garantir o pagamento integral dos demais servidores. A medida, segundo o secretário municipal da Fazenda, Roberto Pereira, foi necessária diante da redução natural de arrecadação no fim do ano e do peso adicional da folha de dezembro.

Segundo Pereira, o pagamento do funcionalismo ocorre tradicionalmente até o quinto dia útil, mas a análise do fluxo de caixa revelou que não haveria saldo suficiente para cobrir toda a folha. O déficit correspondia principalmente ao valor destinado às horas extras e ao subsídio do primeiro escalão (prefeito, vice, secretário e afins).

Diante do cenário, o prefeito determinou a suspensão temporária dos pagamentos do próprio subsídio, do vice e dos secretários, priorizando o recebimento de todos os servidores. As horas extras também ficaram para um segundo momento, mas, segundo o secretário, serão quitadas até o dia 15 de dezembro, dentro do mês.

“Garantimos o salário de todos os servidores. As horas extras e o subsídio do primeiro escalão serão pagos juntos até o dia 15, sem prejuízo ao servidor”, afirmou Pereira.

Portanto o Prefeito não abriu mão de seu subsídio, somente receberá dia 15 de maneira “atrasada”, junto das horas extras dos demais servidores.

Mesmo assim, Pereira assegura que o pagamento dos servidores está garantido:
“A parte dos funcionários não terá nenhum problema. É apenas uma mudança pontual no calendário, e tudo será quitado dentro do mês”, reforçou.

Pagamento de janeiro já preocupa

O recesso administrativo da Prefeitura vai de 23 de dezembro a 5 de janeiro. Mesmo assim, a Secretaria da Fazenda continuará trabalhando, pois já no dia 7 de janeiro vence outra folha salarial.

Pereira diz que, apesar da atenção redobrada, o cenário está sob controle:
“Estamos dentro da nossa projeção. Com a arrecadação do IPTU e o pagamento adiantado por parte de alguns contribuintes, teremos fluxo para honrar a folha de janeiro.”

Perspectivas para 2026–2028

O secretário avalia que a situação financeira do município continua crítica. O volume atual da dívida representa cerca de 70% do orçamento municipal, e deve sofrer pouca redução em 2024 devido à limitação da capacidade de arrecadação.
“A receita basicamente cobre a despesa corrente. Não há superávit capaz de reduzir de forma significativa o estoque da dívida”, explicou.

Para mudar esse quadro, a Prefeitura deve propor alterações legislativas em 2025, com apoio esperado da Câmara Municipal, visando reequilibrar as finanças ao longo dos próximos anos.

Pereira prevê leve melhora apenas a partir de 2026, com avanços mais consistentes esperados para 2027 e 2028:
“Estamos corrigindo rotas. Acreditamos entregar a próxima administração com um cenário mais equilibrado e controlado.”

Roberto Pereira

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