Texto: Théo Bratfisch
Patrimônio brasileiro tombado em âmbito municipal está interditado pela Defesa Civil devido a rachaduras causadas pela via férrea
Em pauta, na 5ª reunião ordinária do COMPPHARA – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Paleontológico, Etnográfico, Arquivístico, Bibliográfico, Artístico, Paisagístico, Cultural e Ambiental do município de Araraquara, realizada em 9 de outubro, Théo Bratfisch, conselheiro titular do órgão municipal, apresentou aos pares, a demanda urgentíssima, que se refere a tomada de medidas protetivas para a preservação da Estação Ferroviária de Bueno de Andrada, que sendo patrimônio brasileiro tombado em âmbito do município de Araraquara no Distrito de Bueno de Andrada, está rachando ao meio em iminência de desmoronar, com danos causados pela linha férrea, e que recentemente foi interditada pela Defesa Civil.
Ação civil pública, provocada por Bratfisch, junto ao MPF – Ministério Público Federal, determinou o tombamento provisório para a preservação em 2018, seguiu com processo e ganho de causa. Sendo o agente motivador da diligência, o mesmo, instruiu o feito para a preservação do patrimônio histórico em Bueno de Andrada, e buscou a tutela de bens em duas modalidades de proteção do patrimônio cultural, para o tombamento e registro.
O tombamento consiste na proteção do distrito como um todo, sob a categoria de conjunto urbano-arquitetônico, em que se destacam a Estação Ferroviária de Bueno de Andrada (1898), a Igreja Sagrado Coração de Jesus (1926) e duas casas centenárias da antiga fazenda de eucalipto do Horto de Bueno, que se tornou assentamento rural. O registro consiste para fins de resgate folclórico e preservação das tradições paulistas, com o reconhecimento da Festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus (desde 1912).
“Embora a Estação Ferroviária sendo próprio público da União e a linha férrea esteja sob concessão federal da Rumo Logística, há de se garantir a preservação da memória ferroviária municipal da EFA – Estrada de Ferro de Araraquara”, enfatiza Théo Bratfisch.
